Preços ao produtor caem e emprego fica estável nos EUA: Fed pode baixar juros?

Dólar perde força no mundo em meio a instabilidades; analistas acreditam que Fed pode baixar os juros nos próximos meses

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Prédio do Federal Reserve, Fed
Prédio do Federal Reserve, Fed (Foto: Liu Jie/Agência Xinhua)

O índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos caiu 0,4%, surpreendendo os analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta de 0,3%. Também nesta quinta-feira foram divulgados os dados de pedidos contínuos de seguro-desemprego, que alcançaram 1,881 milhão, levemente abaixo da projeção, sugerindo estabilidade no mercado de trabalho.

Apesar de se tratarem de dados de curto prazo, provocaram instabilidade, com muitos analistas falando em recessão causada pela instabilidade provocada pelo governo de Donald Trump. “Esse conjunto de dados reforça a leitura de uma economia americana desacelerando. No cenário global, isso reduz a pressão por juros altos e pode abrir espaço para cortes nos próximos meses”, entende Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

“Para o Fed, aumenta a chance de começar a reduzir os juros ainda em 2025. Com isso, o dólar tende a perder força em relação a outras moedas, e as condições de crédito para empresas tendem a melhorar no longo prazo”, complementa.

O dólar fechou em queda no pregão desta quinta-feira. O índice do dólar, que mede a moeda em relação a seis principais moedas, recuou 0,16%, para 100,878 às 19h GMT. No final do pregão de Nova York, o euro permaneceu em US$ 1,1178, e a libra esterlina avançou para US$ 1,3299, ante US$ 1,3264 na sessão anterior, reação provocada pelos números razoáveis da economia do Reino Unido.

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“A surpresa com a queda de 0,4% no núcleo do PPI sinaliza que a pressão inflacionária nos EUA está cedendo mais rápido do que o mercado projetava. Isso pode antecipar cortes de juros pelo Fed e trazer alívio para o câmbio, com impacto direto no dólar. Para investidores brasileiros, esse movimento reduz a volatilidade e melhora o cenário para estratégias de médio e longo prazo, como os consórcios imobiliários”, afirma Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

As ações fecharam em alta em duas das três principais Bolsas de Valores nos Estados Unidos. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,65%, para 42.322,75 pontos. O S&P 500 avançou 0,41%, para 5.916,93 pontos. O Nasdaq Composite Index caiu 0,18%, para 19.112,32 pontos.

Oito dos 11 principais setores do S&P 500 fecharam em alta, com serviços públicos e bens de consumo básicos liderando os ganhos, com altas de 2,12% e 2%, respectivamente. Enquanto isso, bens de consumo discricionários e serviços de comunicação lideraram as perdas, com quedas de 0,68% e 0,42%, respectivamente.

Os preços do petróleo caíram. O contrato do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho caiu 2,42%, fechando a US$ 61,62 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York. O petróleo bruto Brent para entrega em julho recuou 2,36%, fechando a US$ 64,53 dólares o barril na Bolsa de Futuros ICE de Londres.

Com informações da Agência Xinhua

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