Preços de frete seguem tendência de queda nos estados

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Milho: divulgação
Milho: divulgação

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta sexta-feira a edição de setembro do Boletim Logístico, que traz como um dos destaques a queda nos preços de frete para a maioria dos estados, conforme pesquisa realizada para as principais rotas de escoamento de grãos no país.

De acordo com o Boletim, o estado de Mato Grosso apresentou uma considerável queda nas demandas após o encerramento do período de colheita em agosto. Já em Mato Grosso do Sul, o mercado de fretes apresentou estabilidade, sustentado pela movimentação do milho segunda safra.

Para Goiás, em agosto, o escoamento de grãos por via rodoviária ficou abaixo do esperado por parte das transportadoras em razão da redução estadual nos volumes embarcados para exportação. No Distrito Federal, os fretes rodoviários também apresentaram recuo na maioria das rotas pesquisadas. A queda nos preços dos combustíveis e a finalização da colheita do milho segunda safra resultaram na redução dos preços praticados.

No Paraná, a comercialização de milho para exportação segue paralisada, devido ao direcionamento dos grãos para o uso regional. Na Bahia, os fretes em agosto apresentaram tendência de queda ou estabilidade, sinalizando o efeito da redução do valor do combustível e redução da demanda por transporte dos produtos agrícolas. Em relação aos fretes no Piauí, as variações observadas se dão em decorrência das condições das estradas, especialmente nos períodos de chuva, e, também, das reduções nos preços dos combustíveis.

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Milho

O Boletim Logístico de setembro também destacou a comercialização de milho para o exterior. O produto atingiu um recorde para o período entre janeiro e agosto, chegando a 17,9 milhões de toneladas exportadas, valor 79,3% maior do que o mesmo período no ano passado, que gerou 9,98 milhões de toneladas exportadas.

O intenso ritmo das exportações foi impulsionado pela alta dos preços internacionais e também pelas expectativas, que apontam para a queda na produção mundial do cereal. No entanto, esse movimento de alta foi limitado pela resistência de compradores, que priorizaram a utilização dos seus estoques, apostando na queda das cotações, com a expectativa de uma boa evolução no andamento da colheita nos EUA e na consequente possibilidade de redução dos embarques brasileiros, informa o Boletim.

No caso da soja, as exportações atingiram 66,62 milhões de toneladas, contra 72,69 milhões de toneladas em igual período de 2021, representando queda de 8,3%, um reflexo da menor produção interna e da conjuntura internacional.

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