Os preços globais dos alimentos subiram pelo terceiro mês consecutivo em maio, informou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Os principais produtos que impulsionaram a subida foram grãos e cereais, maior componente do índice. A Organização afirmou que os preços globais dos alimentos caíram em 19 dos 21 meses, até começarem a subir novamente em março.
O Índice Amplo de Preços dos Alimentos da FAO subiu 0,9% em comparação com o mês anterior. No entanto, o índice ainda está 3,4% abaixo de maio de 2023 e 24,9% inferior ao recorde alcançado em março de 2022, quando os preços globais subiram após o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Os preços dos grãos e cereais subiram 6,3%, embora ainda estejam 8,2% abaixo dos níveis do ano anterior. A FAO disse que o último aumento se deveu a preocupações com o mau desempenho das colheitas no final do ano na Europa, na América do Norte e em torno do Mar Negro, onde as áreas agrícolas continuam sob pressão devido à crise na Ucrânia. Os preços do arroz subiram 1,3% em maio devido ao aumento da procura na Indonésia e no Brasil.
Leia também:
Produtos lácteos também tiveram aumento, disse a FAO, de 1,8%, uma vez que a produção de leite na Europa Ocidental é considerada abaixo do normal e há preocupações de que a produção na Oceania também seja fraca. Os preços dos laticínios ficaram 3,5% acima do nível de um ano atrás.
Em contraste, o açúcar ficou 7,5% mais barato em maio de 2024 e 25,5% abaixo dos níveis do ano anterior. Os preços caíram devido a indicações de que a colheita no Brasil, maior produtor mundial, seria forte este ano.
Os óleos vegetais tiveram queda de 2,4%, embora tenham permanecido 7,7% acima dos preços em maio de 2023. A FAO disse que a procura por óleos vegetais diminuiu, enquanto a produção na Ásia melhorou.
Os preços da carne ficaram praticamente inalterados, caindo apenas 0,2%, uma vez que as exportações da maioria dos tipos de carne permaneceram fortes, equilibrando a procura crescente.
Agência Xinhua