Preços dos alimentos têm queda de quase 11% em 12 meses

Cereais e carne em queda; açúcar vai na contramão. Em novembro, preços dos alimentos ficaram praticamente parados

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Preços dos alimentos em supermercado
Preços em supermercado (Foto: Rahel Patrasso/Ag. Xinhua)

O Índice de Preços dos Alimentos da FAO atingiu uma média de 120,4 pontos em novembro de 2023, inalterado face ao seu nível revisto de outubro. O índice ficou 10,7% abaixo do nível de um ano atrás.

Os aumentos nos índices de preços dos óleos vegetais, produtos lácteos e açúcar contrabalançaram as diminuições nos dos cereais e da carne.

Os preços dos cereais tiveram uma queda de 3% em relação a outubro e de 19,4% em relação ao seu valor há um ano. A redução foi dominada por uma queda acentuada nos preços mundiais do milho, sustentada por um aumento na atividade de vendas dos agricultores na Argentina e por uma pressão descendente proveniente de ofertas sazonalmente mais elevadas nos Estados Unidos. Os preços internacionais do trigo também diminuíram, 2,4%. O preço do arroz ficou estável.

Óleos vegetais tiveram um aumento de 3,4% em relação a outubro, após terem caído durante três meses consecutivos. Os preços dos lácteos também subiram: 2,2% em relação a outubro, o segundo aumento mensal consecutivo, mas ainda assim registram uma queda de 16,9% em relação ao seu valor há um ano.

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Carnes ajudam queda nos preços dos alimentos, com produção no Brasil

As carnes tiveram pequena queda (0,4%) em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2022, os preços estão 2,4% abaixo. A retração no mês passado refletiu a oferta elevada, principalmente do Brasil, de acordo com o índice da FAO.

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Finalmente, os preços do açúcar subiram 1,4% em relação a outubro e estão 41,1% maiores que em novembro do ano passado. Há preocupações sobre as disponibilidades globais de exportação em dois dos principais exportadores, Tailândia e Índia, devido às condições climáticas severas e secas associadas ao evento El Niño.

Além disso, os atrasos no envio do Brasil, juntamente com o fortalecimento do real em relação ao dólar, contribuíram para o aumento geral dos preços mundiais do açúcar. No entanto, o forte ritmo de produção no Brasil e os preços internacionais mais baixos do petróleo bruto limitaram o aumento mensal dos preços.

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