Preços dos combustíveis: povo e a economia estão sendo roubados

O Supremo Tribunal Federal tem de intervir para impedir os ganhos excessivos nos preços dos combustíveis. Por Cláudio da Costa Oliveira

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Bomba em posto de combustível (Foto: José Cruz/ABr)
Bomba em posto de combustível (Foto: José Cruz/ABr)

A Petrobras é, e sempre foi desde sua criação, uma empresa estatal plena, conforme estabelecido na Constituição Federal (CF) e como tal deveria, obrigatoriamente, atuar. Foi criada para atender ao povo brasileiro, fornecendo combustíveis de qualidade ao menor preço possível. Entretanto, no momento, o que vem ocorrendo é o inverso, a empresa fornece os combustíveis ao povo brasileiro ao maior preço possível, para atender seus acionistas.

Mesmo com a recente redução de 4% no preço da gasolina, com a queda simultânea no preço do petróleo e do câmbio (R$/US$), nas refinarias da Petrobras o preço cobrado já está mais de 4% acima do PPI. Já o diesel, que sofreu aumento de 6,6%, tem um preço mais de 38% superior ao PPI:

sinalizador ppi, preços dos combustíveis
Sinalizador PPI (elaboração Soberano Brasil)

O fato é que, apesar de ter um custo de produção menor do que R$ 1,30 por litro, tanto para a gasolina como para o diesel, a estatal vende em suas refinarias a gasolina por mais de R$ 2,80, com margem superior a 100%, e o diesel por mais de R$ 4, margem superior a 200%.

Isto é um absurdo, um roubo. Cabe intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF), pois é matéria constitucional.

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Cláudio da Costa Oliveira é economista aposentado.

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