Preços dos imóveis no Rio registraram queda em junho

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Chave da casa
Chave da casa (Foto: divulgação)

Os valores médios para comprar ou alugar um imóvel no Rio de Janeiro, em junho, foram menores se comparados ao mês anterior. De acordo com o portal imobiliário Imovelweb, o preço médio do metro quadrado foi R$ 8.684, o que representa uma queda de 0,1% em relação a maio. Pela série histórica, os preços da cidade diminuíram entre 2017 e metade de 2019, acumulando uma queda de 8% no período. Desde estão, apesar da volatilidade dos preços, a tendência é de estabilidade.

Em 12 meses, houve um aumento de 1,4% no valor do m² no Rio de Janeiro. No mesmo período, os três bairros com alta mais expressiva foram Vila Kosmos (R$ 4.058/m², +15,4%), Anchieta (R$ 2.657/m², +18,5%) e Camorim (R$ 7.388/m², +19,2%). Já as maiores quedas ocorreram em Cidade Nova (R$ 6.813/m², -15,3%), Honório Gurgel (R$ 2.664/m², -13,8%) e Sampaio (R$ 3.425/m², -12,7%).

O relatório do Imovelweb também apontou que o aluguel médio de um imóvel padrão em junho foi R$ 1.894/mês, 0,9% a menos que no mês anterior. No primeiro semestre de 2021, o valor de locação caiu 0,8% e em 12 meses a redução foi de 4,4%.

Entre junho de 2020 e junho de 2021, os bairros que mais registraram queda no valor de locação foram Del Castilho (R$ 1.318/mês, -16,8%), Glória (R$ 2.225/mês, -16,4%) e Penha Circular (R$$1.002/mês, -16,0%). As maiores altas ocorreram em Padre Miguel (R$ 1.302/mês, +13,3%), São Conrado (R$ 2.617/mês, +15,3%) e Vargem Grande (R$ 1.459/mês, +16,0%).

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O índice de rentabilidade imobiliária do Imovelweb relaciona o preço de venda e valor de locação do imóvel para verificar o tempo necessário para recuperar o dinheiro utilizado na aquisição do imóvel. No relatório de junho, o índice foi 4,06% bruto anual, o que significa que são necessários 24,6 anos para recuperar o valor investido na compra de um imóvel, 12% a mais que há um ano.

Já em São Paulo, Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apurou em junho deste ano a comercialização de 6.837 unidades residenciais novas na capital. O resultado foi 16,2% superior às vendas de maio (5.883 unidades) e ficou 129,1% acima das 2.984 unidades comercializadas em junho de 2020.

No mês, foram lançadas 6.940 unidades residenciais novas na capital, volume 17,8% inferior ao apurado em maio (8.443 unidades) e 244,4% acima do total de junho de 2020 (2.015 unidades).

De janeiro a junho, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019, com o registro de 20.157 unidades lançadas. As vendas apresentaram resultados ainda melhores, com 29.935 unidades comercializadas, superando a última marca de 19.641 unidades negociadas também no semestre inicial de 2019. Os números ficam mais significativos se considerarmos a média histórica dos registros dos primeiros semestres de 2004 a 2020, período em que a média de lançamentos ficou em 12 mil unidades e a de vendas chegou a aproximadamente 13 mil unidades.

No semestre, as vendas (29.935 unidades) superaram os lançamentos (27.114 unidades), demonstrando o aquecimento do mercado e a aderência do comprador às unidades ofertadas. Em números, o comportamento pode ser medido com o registro, em junho, de 45.446 unidades disponíveis para venda, volume que levaria 8,5 meses para escoar, considerando-se a média de comercialização dos últimos 12 meses (5.371 unidades).

Até 2015, só era possível viabilizar empreendimentos que atendiam às demandas das classes média e alta, que correspondiam a aproximadamente 30 mil unidades por ano. A partir de 2016, legislação municipal específica referente à produção habitacional dentro dos parâmetros do então programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), hoje Casa Verde Amarela (CVA), incentivou o lançamento de empreendimentos econômicos na Capital, mudando o patamar desse mercado e atendendo uma grande parcela população. Essa mudança legal permitiu a elevação do número de unidades lançadas de 30 mil para 60 mil unidades ao ano.

O aumento do INCC nos últimos 12 meses (julho de 2020 a junho de 2021) foi de 17,36%, a maior variação acumulada em 12 meses registrada desde outubro de 2003 (17,8%).

Os imóveis de dois dormitórios destacaram-se no mês de junho em quase todos os indicadores: vendas (3.852 unidades), oferta (26.431 unidades) e lançamentos (3.373 unidades).

Por faixa de preço, os apartamentos com valor de até R$ 240 mil lideraram com os melhores indicadores de vendas (3.363 unidades), oferta final (21.288 unidades) e lançamentos (2.931 unidades). Unidades na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 registraram o maior índice de Venda sobre Oferta (14,5%) e os imóveis com preços acima de R$ 1,5 milhão obtiveram o maior Valor Global de Vendas (R$ 995,5 milhões) e o maior Valor Global de Oferta (R$ 7,6 bilhões). Em junho, 3.426 unidades vendidas e 2.774 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas (parâmetros do programa Casa Verde e Amarela). A oferta desse tipo de imóvel totalizou 22.567 unidades disponíveis para venda, com VSO de 13,2%

No segmento de mercado de médio e alto padrão, a pesquisa identificou 3.411 unidades vendidas, 4.166 unidades lançadas, oferta final de 22.879 unidades e VSO de 13,0%.

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