Preços globais dos alimentos têm em setembro maior alta desde 2022

FAO atribui alta dos preços globais de alimentos em setembro de 2024 ao clima extremo

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Seca no cerrado
Seca no cerrado (foto ABr)

Os preços globais dos alimentos atingiram em setembro de 2024 seu maior aumento em um mês desde 2022, impulsionados pelo clima extremo que colocou pressão ascendente nas principais categorias de commodities alimentares, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na sexta-feira.

A FAO disse que seu Índice de Preços de Alimentos aumentou 3% em comparação a agosto, marcando o maior aumento mês a mês desde março de 2022, quando os preços dos alimentos dispararam devido a interrupções de energia e fornecimento relacionadas ao início do conflito Rússia–Ucrânia.

Desta vez, vários fatores contribuíram para o aumento, principalmente preocupações com o clima severo. Isso levou a um aumento de 3% nos preços de grãos e cereais, o maior componente do índice geral, invertendo uma tendência de declínio de três meses.

Condições excepcionalmente úmidas no Canadá e na União Europeia elevaram os preços do trigo, enquanto os baixos níveis de água no Brasil e nos Estados Unidos afetaram a produção de milho, informou a FAO.

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Enquanto isso, os preços do açúcar subiram 10,4% devido ao clima seco e aos incêndios florestais no Brasil, o maior produtor mundial. A decisão da Índia de suspender os limites à cana-de-açúcar usada para a produção de etanol também contribuiu para o aumento do preço, de acordo com a FAO.

Os preços da carne aumentaram 0,4% devido a fatores comerciais, incluindo maior demanda por aves brasileiras e menor demanda por carne ovina da China.

Os preços dos laticínios subiram 3,8% devido à maior demanda da Ásia, que compensou os maiores níveis de produção na Oceania. Os preços do óleo vegetal tiveram aumento de 4,6%, atingindo seu nível mais alto em 18 meses. A FAO observou que os preços do óleo vegetal foram impulsionados pela redução da produção na Ásia e nos Estados Unidos.

Com aumentos em todos os principais subíndices, o Índice de Preços de Alimentos da FAO foi 2,1% maior do que seu nível de um ano atrás, embora tenha permanecido 22,4% abaixo do recorde alcançado em março de 2022.

Agência Xinhua

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