Após um período de alta nos preços, o consumidor começa a sentir um leve alívio no orçamento. Segundo dados do Radar da Scanntech, em maio, o preço por unidade apresentou uma retração de -0,9%, enquanto as vendas cresceram 1% em relação a abril. Esse cenário reflete a desaceleração da inflação e indica um comportamento mais cauteloso dos shoppers na tentativa de driblar os preços altos e equilibrar suas finanças.
As proteínas, que haviam registrado altas significativas nos últimos meses, ajudaram a aliviar o orçamento do consumidor em maio. O preço dos ovos apresentou uma queda acentuada de 8%, com um aumento de 3,3% nas vendas. Esse recuo foi motivado principalmente pelo acúmulo de estoques nas granjas e pela diminuição da demanda após a Páscoa, o que pressionou os preços para baixo. Já o frango e a carne bovina tiveram quedas mais leves, de 0,7% e 0,5%, respectivamente, mas registraram altas expressivas nas vendas, de 8,3% e 9,6%. No caso do frango, o principal fator foi a suspensão temporária das exportações após a confirmação de gripe aviária no Sul, o que gerou um aumento da oferta no mercado interno.
O café segue como o principal responsável pelo aumento no preço da cesta de mercearia básica, com alta de 3,3% frente a abril. Por outro lado, itens essenciais à mesa dos brasileiros continuam registrando queda nos preços: o arroz teve recuo de 3,2%, o feijão caiu 2,3%, o leite, 1,7%, e o óleo, 0,9%.
Já dados dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), apurados pela Alelo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apontou que ambos os índices apresentaram resultados positivos no acumulado dos últimos 12 meses (24/25), comparado aos 12 meses anteriores (23/24):
O setor de supermercados registrou um forte avanço no número de transações (9,1%) e um crescimento ainda mais expressivo no valor total transacionado (18,3%). O valor médio por transação também acompanhou essa tendência de alta, com um aumento de 8,4%. Esses números indicam não apenas um maior volume de compras, mas também um tíquete médio mais elevado por parte dos consumidores.
Já o segmento de restaurantes também demonstrou recuperação e crescimento. Houve um aumento de 3,8% no número de transações, acompanhado por uma expansão significativa de 17,7% no valor total transacionado. O principal motor desse crescimento no faturamento foi a variação de 13,3% no valor médio por transação, sinalizando que, embora o volume de idas possa ter tido um crescimento mais contido, os consumidores estão gastando mais a cada visita.
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