Seguidor fiel do lema “quem quer vai, quem não quer manda”, Sérgio Nunes Correia tem dois anos de exercício da profissão e muita experiência na bagagem. Nomeado leiloeiro em abril de 2005 pela Jucerja -Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, tem a matrícula de número 111 e seu primeiro trabalho, em dezembro do mesmo ano, foi a venda de bens pertencentes à Prefeitura de São João de Meriti. Tão bem se saiu que foram vindo em seqüência outros pregões do gênero – alienação de máquinas, veículos, equipamentos e móveis sobretudo – em outros municípios, além de leilões judiciais, que podem ter por objeto uma infinidade de bens.
As prefeituras reconhecem o bom desempenho de Sérgio Correia, a começar pelo seu estilo de abordagem e relacionamento: pessoal e direto. Com escritório na Av. Rio Branco, 245/1101 (tel: 2524-0455) e depósito na Rua do Alho, 1101, no Mercado de São Sebastião (5.600 m², com auditório climatizado onde cabem 300 pessoas sentadas), Sérgio Correia passa a maior parte do tempo visitando prefeitos e secretários responsáveis pelo poder público dos Municípios. Ele conta com estrutura organizacional, funcionários preparados para as vendas judiciais e extrajudiciais e está aberto a convites para comandar apregoações de arte e antigüidades. E tem orgulho de ser um dos cinco leiloeiros oficiais autorizados pela Procuradoria da Prefeitura do Rio de Janeiro para suas necessárias liberações de espaço. Os outros quatro são: Geraldo Duarte, Fany Medina, Luiz Tenório de Paula e Renato Bastos.
Carioca, 47 anos, casado e pai de cinco filhos, formado como engenheiros químico, morador da Tijuca, vascaíno ferrenho, apreciador de romances e de viagens, eis o perfil particular do leiloeiro Sérgio Nunes Correia. Que aproveita os finais de semana para curtir a família, sua prioridade maior. O galpão da Rua do Alho tem este telefone: (21) 2584-1143.
Arte em três tempos
O mês em que serão realizados os Jogos Pan-Americanos costuma ser frio, mas desta vez tem muitos motivos para esquentar e não só o evento esportivo, que atrai para o Rio a atenção do mundo e uma quantidade significativa de gente, ou as festas caipiras com fogueiras, quentão, milho assado e outras guloseimas da época. Para os freqüentadores das salas de lance, julho vem trazendo com ele três oportunidades de participar de desfiles/venda de qualidade e bom gosto, oferecidas em Botafogo, na Fonte da Saudade (Lagoa) e em Copacabana.
No Palácio dos Leilões, que fica na Rua São Clemente, 385, a exposição de peças do Grande Leilão de Inverno vai começar neste sábado, dia 30, às 15 horas e o pregão – de variado e belo conjunto formado pelo jovem Ernani V- na terça-feira, dia 4, às 21 horas. Serão três noites e uma sessão vespertina para fechar, no sábado, dia 7, com início às 17 horas.
Na Rua Sacopã, 9, área da Lagoa, Valdir Teixeira abre no dia 14, às 16 horas, a exposição do acervo que dispersará de 17 a 19, a partir das 20:30hrs. Muitos objetos de prata e grande coleção de porcelanas, são atrativos certo para a casa de lances de Valdir, que captou e vai oferecer ao público diversas coisas bonitas e valiosas oriundas de dois espólios. Como aperitivo, cabe adiantar informações: alguns instrumentos musicais estão entre os itens de interesse específico, no caso, para músicos amadores ou profissionais e vale atenção especial para a escultura do pintor francês Hamer, Revolution, que participou de um salão tradicional de Paris. O trabalho em bronze mede 99 centímetros.
Em Copacabana, nas noites de 24 e 25 de julho, Soraia Cals e Evandro Carneiro realizam mais um daqueles leilões exclusivamente de quadros e esculturas, dirigidos aos colecionadores de diferentes preferências: arte moderna, contemporânea e atual alternam-se no catálogo luxuoso que é marca registrada da dupla. Como atração principal, por enquanto, encontra-se o conjunto de pinturas (16 telas) de Milton Dacosta que procede da coleção da lendária socialite Carmem Mayrink Veiga, uma das musas do colunista Ibrahim Sued. Evandro Carneiro comandará o espetáculo de arte que terá lugar no Atlântic Business Center, situado na esquina de Princesa Isabel com a Avenida Atlântica. Exposição das obras no local, sábado, domingo e segunda-feira, dias 21, 22 e 23, começando à tarde.
Raul Barbosa em três atos
Também no mês de julho, Raul Barbosa vai dar seqüência às apregoações que lidera na Rua Esteves Júnior 37, pertinho da Praça São Salvador, em Laranjeiras. Móveis, vidros, cristais, porcelanas, pinturas, livros de arte e outros tipos de peças são apresentadas na galeria onde Barbosa atua, com sua conhecida competência, desde o início de seus leilões. Na programação da casa estão três sessões de lance, que serão realizadas nos dias 2 e 3, depois 16 e 17 e finalmente nos dias 30 e 31, fechando o mês, no 113º desfile/venda da Gioconda, que vai começar, como os anteriores, às 20:30 horas.
Tensão no mercado de arte
Caiu como uma bomba, no universo que comercializa obras de arte, a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) manter sob controle todos os objetos de arte e significação histórica do país, dando um prazo de seis meses para que todos os negociantes dessas peças sejam devidamente cadastrados. Segundo exige agora o Iphan, “todos os negociantes de obras de arte, antigüidades, manuscritos, livros e outros documentos antigos ou raros têm até o dia 13 de dezembro para procurar o Iphan com a relação de todas as mercadorias que comercializam. Essa nova obrigação, regulamentada pela Instrução Normativa 01, de 11 de junho de 2007, é agora um pré-requisito para a legalidade do negócio de obras de arte no Brasil, abrangendo tanto pessoas físicas como jurídicas”. O texto que está circulando por toda a cidade é visto por alguns profissionais dessa área como “só que estava faltando para acabar de vez com os negócios de arte neste país”.
Ledy Gonzalez