O presidente Jair Bolsonaro disse nesta semana que a Ford queria subsídios para não encerrar a produção no país. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, rebateu nesta quarta-feira o presidente ao afirmar que o setor não busca mais incentivos fiscais e que a cobrança da entidade é para que o governo melhore a competitividade do Brasil.
Na terça-feira (12), Bolsonaro disse, ao comentar a decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil, que faltou a empresa dizer a “verdade” sobre o motivo da saída e que a montadora norte-americana queria subsídios do governo para continuar no país.
“Todas as propostas trazidas pela Anfavea, pelos executivos de montadoras foram propostas concretas buscando a redução do Custo Brasil”, disse Moraes, acrescentando que “nós não queremos incentivos, nós queremos competitividade.”
Segundo dados do Ministérios da Economia, os subsídios da União ao setor automotivo saltaram de R$ 1,8 bilhão, em 2003, para R$ 6,7 bilhões, em 2019, em valores atualizados pela inflação – uma alta de 272,2%. Ou seja, mais que triplicaram no período. Ao todo, nesses 17 anos, o governo federal concedeu R$ 62,6 bilhões em isenções fiscais.
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