Presidente do BB nega privatização apesar de ser favorável

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Há uma semana os funcionários do Banco do Brasil passaram a temer ainda mais a possibilidade de privatização da instituição. Declarações do ministro da economia reacenderam o debate e ficou claro que o BB está no radar da pasta. Nesta terça-feira, porém, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, negou que haja certeza sobre a privatização da instituição.

Segundo ele, que sempre foi favorável ao processo, a questão é meramente política e que o presidente Jair Bolsonaro já afirmou que não irá por esse caminho, razão pela qual o tema “é assunto encerrado”. Falando em audiência pública na Câmara dos Deputados, Novaes afirmou que mesmo se o Executivo tivesse posição contrária, a privatização do BB ainda teria que ser analisada e aprovada pelo Congresso Nacional. “Então se me perguntam se sou a favor, sou. Vai ter privatização? Não”, disse ele.

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O banco tem vendido alguns ativos não essenciais, como fez com as participações na empresa de energia Neoenergia e resseguradora IRB Brasil Resseguros.

Em 3 de dezembro, o jornal “O Globo” afirmou ter ouvido fontes que disseram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe devem tentar convencer o presidente Jair Bolsonaro a aceitar vender a instituição pública. Segundo a publicação, a privatização do Banco do Brasil poderia ocorrer até o fim do mandato, em 2022. Ao jornal, a pasta comandada por Guedes negou a intenção do governo de desestatizar a empresa.

Em outro episódio, ocorrido em outubro deste ano, o presidente da instituição financeira chegou a afirmar que a privatização do Banco do Brasil era inevitável, ressaltando que era sua “opinião pessoal”.

Na transação mais recente, o Banco do Brasil e o UBS Group AG da Suíça chegaram a um acordo para formar uma joint venture de banco de investimento na América do Sul. O UBS deterá uma participação de 50,01% no novo banco de investimentos e o Banco do Brasil deterá 49,99%. O UBS é o maior gestor de grandes fortunas do mundo.

 

Expansão do lucro

 

O Banco do Brasil prevê crescimento de 10% no lucro em 2020, afirmou recentemente o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da instituição, Carlos Hamilton, em reunião com analistas da Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec).

O BB estima um lucro líquido de R$ 16,5 bilhões a R$ 18,5 bilhões em 2019, depois de ter revisado o intervalo de projeções (guidance) para cima no terceiro trimestre. Hamilton disse que seria “razoável” um aumento de 10% no lucro do BB em 2020, quando o PIB pode crescer em torno de 3%. “Temos uma economia que, de fato, está ganhando tração”, declarou. Ele informou que o guidance para 2020 só será divulgado em fevereiro.

O banco trabalha com uma perspectiva de retorno sobre o patrimônio líquido de 17% a 18% no próximo ano, nível parecido com o atual. Em 7 de novembro, o BB reportou lucro líquido contábil de R$ 4,256 bilhões no terceiro trimestre. O resultado representa um aumento de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a instituição lucrou R$ 3,175 bilhões. Se comparado com o resultado do 2º trimestre, o lucro foi 1,2% maior.

Receita

No próximo ano, a receita líquida será impulsionada por empréstimos ao consumidor e menores despesas com provisão para perdas com empréstimos, disse o presidente-executivo do banco, Rubem Novaes. Em outubro, o BB (BBAS3) foi a ação Top 1 dos grandes investidores – clientes dos segmentos alta renda e private, os que possuem mais de R$ 3 milhões em aplicações financeiras.

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