Preso presidente do Comitê Olímpico da Irlanda por venda ilegal de ingressos

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Policiais civis prenderam hoje no Rio de Janeiro o irlandês Patrick Joseph Hickey, presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), por suspeita de envolvimento com um esquema internacional de venda ilegal de ingressos. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pela Justiça fluminense. Os agentes também cumpriram um mandado de busca e apreensão.
Hickey é suspeito de cambismo, isto é, vender ingressos acima do preço impresso nos bilhetes. Ex-lutador de judô, Hickey é membro do Comitê de Coordenação dos Jogos Rio 2016, responsável por acompanhar o planejamento e a organização do evento.
Em suas investigações contra a venda ilegal de ingressos da Rio 2016, a Delegacia de Defraudações e o Núcleo de Apoio a Grandes Eventos da Polícia Civil (Nage) já tinham prendido em flagrante o diretor da empresa britânica THG, Kevin Mallon, e uma funcionária da empresa Bárbara Carnieri, no dia 5 de agosto.
Nesta semana, a Justiça decretou as prisões de outros quatro diretores da THG, especializada no comércio de ingressos e receptividade executiva em grandes eventos esportivos: David Patrick Gilmore, Marcus Paul Bruce Evans, Maarten Van Os e Martin Studd. Como eles estão fora do país, o mandado de prisão foi comunicado à Polícia Federal e à Interpol.

Justiça determina apreensão de passaportes de dois atletas norte-americanos
A juíza Keyla Blank, do Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos do Rio de Janeiro, determinou hoje a apreensão dos passaportes dos nadadores olímpicos norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen. Os dois registraram uma ocorrência de roubo na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) da Polícia Civil.
No entanto, os policiais civis detectaram contradições nos depoimentos dados pelos dois atletas, que disseram ter sido assaltados depois de saírem de uma festa na Casa da França, no Jardim Botânico.
A Agência Brasil ainda não conseguiu contato com a Polícia Federal para saber informações sobre o cumprimento da decisão judicial. Segundo notícias divulgadas pela imprensa, Ryan Lochte já deixou o Brasil, antes de ter seu passaporte apreendido.
O Consulado dos EUA no Rio de Janeiro ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Retenção de documento é medida cautelar para realização da investigação
Segundo o professor de Direito Penal da Faculdade Mackenzie Rio, Edézio Ramos, a retenção do passaporte é um medida cautelar para realização da investigação.
– A retenção vale durante o decorrer da investigação e não tem prazo definido para acabar, o que está previsto no Código de Processo Penal. No caso deles, os atletas podem, por falsa comunicação de crime, ter pena de um a seis meses ou pagamento de multa – explica.
De acordo com o professor, o mesmo vai acontecer com o irlandês Patrick Joseph Hickey, de 71 anos, membro do Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) preso hoje, investigado por integrar um esquema de venda superfaturada de ingressos.
– Mas, neste caso, a pena seria superior porque trata-se de cambismo, a princípio – afirma.

Com informações da Agência Brasil

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