O porta-voz da Presidência da República, Georges Lamazière, afirmou que o presidente FH não conversa com o presidente do Congresso, Antônio Carlos Magalhães, sobre a MP do setor automotivo – que traria benefícios para a multinacional Ford se instalar na Bahia – desde o dia seguinte ao lançamento da medida. O desmentido basta.
Falência
O Plano Real Acabou? Este é o nome do livro organizado por Marcel Solimeo e Roberto Luis Troster, que será lançado hoje, às 18h30, no auditório da Associação Brasileira de Bancos Comerciais e Múltiplos (ABBC), em São Paulo. Os cinco anos do Plano Real, a situação atual da economia brasileira e as perspectivas para o futuro são os temas abordados no livro, que reúne textos de 22 economistas, como Ernane Galveas, Paulo Sandroni, Rudiger Dornbush e Sérgio Werlang, atual diretor de Política Econômica do Banco Central.
Poderoso
Ágil como nunca se viu, FH – após assistir passivo a cinco dias de caos na telefonia – resolveu atuar com vigor: deu prazo de 72 horas para que o sistema de ligações interurbanas volte ao normal. A determinação foi dada ao ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, e ao presidente da Anatel, Renato Guerreiro, convocados para reunião fora da agenda. Assim, os sofridos usuários podem se alegrar. Na próxima semana, se acatado o ultimato do presidente, os telefones voltam a funcionar. Quanto ao resto da atual semana – bem, que tal um “feriadão”?
Geral
Não foi só o interurbano que deixou o carioca revoltado com as empresas de telefonia. Centrais telefônicas dentro da cidade do Rio não conseguiam completar ligações para outras centrais no próprio município. O problema prejudicou pelo menos um provedor de Internet. A explicação, nesse caso, fica por conta exclusiva da Telemar.
Essenciais
À medida que os trens do Metrô do Rio vão trafegando cada vez mais lotados e os intervalos entre uma composição e outra aumentando, os empregados vão advertindo os usuários. Ontem, em diversas estações, cartazes do Sindicato dos Empregados do Metrô avisavam que o sistema pode parar a qualquer momento. Diziam que acabam de ser demitidos 100 técnicos que trabalhavam em atividades essenciais.
Pelas beiradas
A revisão do acordo com o FMI, que acaba de ser divulgada, serviu também para desmascarar as versões oficiais no sentido de que não tem intenção de privatizar a Petrobras. Uma das razões apresentadas para justificar a redução da diminuição da receita com privatizações foi exatamente o fato de que a parcela da participação acionária da União superior à necessária para manter o controle do capital será vendida no ano que vem, e não mais neste. Junte-se a isso o fato de que o monopólio já foi quebrado com as tais “parcerias”, não é preciso muito esforço para concluir que a estratégia de desmanche está em curso.
Cupom fiscal
A Caixa Econômica Federal lançou linha de crédito destinada a micro e pequenas empresas interessadas em adquirir Emissores de Cupons Fiscais (ECF). Empresas que exercem atividades de venda e revenda de bens a varejo e as empresas prestadoras de serviços estão obrigadas ao uso de equipamento ECF, de acordo com a Lei 9523/97, em substituição às notas fiscais tradicionais. A Caixa vai utilizar R$ 1 bilhão de recursos da linha de crédito Caixa Giro. A meta é financiar 200 mil empresas de todo o país em 1999. Os empresários que receberem o empréstimo, limitado a R$ 30 mil, poderão comprar o equipamento nas lojas credenciadas, por um preço médio de R$ 2 mil cada, com taxa de juros de TR mais 1% ao mês e prazo de amortização de até 24 meses.
Fácil
A confusão nos interurbanos não surpreendeu alguns profissionais de informática. Um deles, que no passado tinha acesso às dependências da Embratel, lembrou que certa vez resolveu testar a senha de um dos servidores da empresa – que continha informações sobre faturamento de ligações internacionais. Tentou senhas simples, até que entrou com “EBT1998” – e teve acesso ao servidor.
Alta velocidade
A polícia e os fiscais dos postos de vistoria do Detran vão precisar de atenção redobrada para pegar a mais recente invenção dos motoristas que querem driblar o controle eletrônico de velocidade. Além dos já manjados CD ou adesivo espelhado colocados na traseira do carro, surgiu agora um expediente mais sutil: passar esmalte incolor por cima dos números da placa do carro. O esmalte difrataria a luz do flash, tornando a leitura impossível, segundo quem recomenda o sistema.
Mais bug
O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) se somou às preocupações desta coluna e apresentou à Mesa Diretora da Câmara um requerimento de informações pedindo que a Anatel explique as providências que estão sendo tomadas, junto às operadoras de telefonia, para enfrentar o bug do milênio. Segundo Pinheiro, os problemas apresentados na modificação do sistema de interurbanos prova que a Anatel não tem cumprido seu papel fiscalizador. “Se uma troca de sistema prevista (ligações de longa distância) deu este problema, imagine o bug do milênio.”