Prevista greve de dois dias no sistema Petrobras

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Petroleiros em plataforma (Foto: Stérfeson Faria/ Ag. Petrobras)
Petroleiros em plataforma (Foto: Stérfeson Faria/ Ag. Petrobras)

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), junto com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), anunciaram uma greve de advertência nas unidades do Sistema Petrobras. Dessa vez, a categoria prevê cruzar os braços por dois dias, com início às 7h do dia 29/5, até as 19h do dia 30/5, em protesto contra a estagnação nas negociações com a empresa.

A decisão foi tomada em reunião conjunta realizada nesta quarta-feira (14) e dá continuidade à mobilização iniciada em março deste ano, quando os trabalhadores fizeram greve de advertência por 24 horas. Segundo as entidades, a medida é uma resposta direta à ausência de avanços concretos no diálogo com a direção da Petrobras, especialmente em relação à remuneração variável dos empregados e à política de cortes de custos implementada pela companhia.

As federações criticam o que classificam como “incoerência” da gestão da estatal, que ao mesmo tempo em que anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas, tem defendido medidas de austeridade interna. A insatisfação da categoria aumentou após declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizando contenção de despesas, mesmo diante do desempenho financeiro positivo da empresa.

Outro ponto destacado pelas entidades é a preocupação com as condições de segurança nas unidades operacionais da Petrobras. Elas denunciam a prática de subnotificação de acidentes, como o ocorrido recentemente na plataforma Cherne 1, na Bacia de Campos (RJ), e exigem maior transparência e rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.

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Com o objetivo de manter a mobilização e ao mesmo tempo sinalizar abertura ao diálogo, FUP e FNP preparam uma contraproposta unificada que será apresentada à direção da estatal. Na próxima semana, assembleias serão realizadas em todas as unidades da empresa para formalizar a rejeição da proposta atual apresentada pela Petrobrás, já amplamente criticada pela categoria. As federações afirmam que seguem comprometidas com a luta por melhores condições de trabalho, justiça na distribuição dos resultados da companhia e respeito aos direitos dos petroleiros.

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