Após os mercados dos países desenvolvidos abrirem em alta, a deterioração do cenário econômico por conta do avanço da Covid-19 pesou negativamente nos mercados globais. Na Europa, Londres perdeu 0,37%. Madri perdeu 1,00%. Frankfurt teve retração de 0,11%. Paris caiu 0,67% e Portugal recuou 0,28%.
Nova Iorque também registrou desânimo frente aos riscos inerentes ao avanço da doença, apesar da vacinação e da posse de Joe Biden, novo presidente dos EUA. Após começar o pregão em alta, o Dow Jones teve queda de 0,04%, o S&P 500 fechou próximo da estabilidade a 0,03% e o Nasdaq ganhou 0,55%.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em queda devido ao avanço de um novo surto na China. Outros lugares do continente também registram aumento nos surtos como Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia.
O Nikkei teve queda de 0,44% e Seul perdeu 0,64%. Hong Kong e Taiwan tiveram recuo de 1,60% e 0,83%, respectivamente. Na chamada China continental, o Xangai caiu 0,28% e o Shenzhen teve alta 0,28%.
O petróleo fechou sem sinal único, ponderando os efeitos do governo Biden e dos problemas em relação ao avanço da Covid-19 no mundo. O WTI teve baixa de 0,34% e o Brent subiu próximo da estabilidade, em 0,04%, a US$ 56,10.
A Bolsa brasileira sucumbe ao terceiro dia de queda, mediante aos temores fiscais, problemas relacionados às vacinas e com a digestão do mercado em relação à retirada do foward guidance apresentada pelo Copom. O Ibovespa teve queda de 1,10%, a 118.328,99 pontos. O dólar teve alta de 0,98%, a R$ 5,36.
Hoje, os mercados globais abriram em queda mediante aos receios oriundos do aumento da Covid-19 em todos os países, inclusive na Ásia.
No Brasil, os agentes olharão para o avanço da Covid-19 e o plano em torno da distribuição das vacinas, além da possibilidade de permanência do auxílio emergencial para tentar combater os efeitos do avanço da pandemia.
Na Europa, o Reino Unido divulgou os dados das vendas no varejo mensal e anual, a evidenciar o comportamento do consumo para o país insular. As expectativas eram de elevação para dezembro, apesar do avanço da pandemia, de 1,2% ao mês e de 4,0% no ano. Os números divulgados foram de 0,3% ao mês e de 2,9%, bem aquém do projetado pelo mercado.
Também será divulgada a primeira observação dos PMI’s pela consultoria IHS Markit, dando as perspectivas acerca do setor industrial e de serviços dos países desenvolvidos. As perspectivas para o PMI Industrial do Reino Unido eram de 57,3 pontos, o de serviços em 49,9 e o composto em 50,7. Os números divulgados foram de 53,9 para o índice industrial, 52,9 para o setor de serviços e 38,8 para o composto.
Para a Zona do Euro, os agentes também esperavam queda nos três indicadores, chegando a 47,6 pontos no composto e em 44,5 no de serviços. No industrial, a expectativa era de 54,5 pontos. Os números divulgados pela Markit foram de 45 pontos para serviços, 47,5 no composto e 54,7 pontos para o industrial.
Nos EUA, além dos PMI’s com expectativas de 56,5 e 53,6 pontos para o indicador (respectivamente para indústria e serviços), a associação americana de Corretores publicará o número de casas usadas vendidas, com expectativa de 6,55 mil casas vendidas em dezembro, contra 6,69 mil em novembro, registrando queda de 2,0%.
Também serão divulgados os números quanto à produção de petróleo em solo americano. A expectativa é de que haja queda de 1,167 nos estoques de petróleo bruto. Adicionalmente, também será feita a contagem de sondas da Baker Hughes.
Nos EUA, serão divulgados os balanços da Schlumberger, Regions Financial e Huntington Bancshares.
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Matheus Jaconelli
Economista
Nova Futura Investimentos
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