Indústria cresceu 0,4% de dezembro para janeiro

260
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)

A produção industrial brasileira começou 2021 com um resultado positivo. Cresceu 0,4% na passagem de dezembro para janeiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria também cresceu 0,8% na média móvel trimestral e 2% na comparação com janeiro do ano passado. No acumulado de 12 meses, no entanto, a produção teve queda de 4,3%.

De maio de 2020 a janeiro de 2021, a produção acumulou crescimento de 42,3% e eliminou a perda de 27,1% registrada em março e abril, início do isolamento social devido à pandemia de covid-19. O setor ainda está em um patamar 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Na passagem de dezembro para janeiro, 11 das 26 atividades pesquisadas tiveram alta, com destaque para os alimentos, que cresceram 3,1%. Outros segmentos que tiveram taxas de crescimento importantes foram indústrias extrativas (1,5%), produtos diversos (14,9%), celulose, papel e produtos de papel (4,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e móveis (3,6%).

Espaço Publicitáriocnseg

Os artigos de vestuário e acessórios mantiveram-se estáveis, enquanto 14 atividades tiveram queda, sendo as maiores delas observadas na metalurgia (-13,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%), outros equipamentos de transporte (-16,0%), máquinas e equipamentos (-2,3%), produtos do fumo (-11,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,9%) e produtos têxteis (-2,5%).

Das quatro grandes categorias econômicas, duas tiveram alta na passagem de dezembro para janeiro: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (4,5%) e os bens de consumo semi e não duráveis (2%).

Os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo recuaram 1,3%, já os bens de consumo duráveis caíram 0,7%.

Segundo Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, a produção no mês teve variação acima do esperado por nós e em linha com o mercado, avançando 0,4% no mês. Com a surpresa de hoje, nossa projeção de IBC-Br sobe para 0,27%.

“Nota-se evidente perda de momento no índice ao longo dos últimos meses”, pondera.

Segundo ele, “por categorias de uso, vemos avanço de bens de capital (4,5%) e de bens de consumo (-1,3%). Estes mostram avanço de 2% na abertura de semi e não duráveis, enquanto duráveis contraíram -0,7% no mês. Por outro lado, os bens intermediários apresentaram contração -1,3%. Para frente, vemos impacto das restrições a movimentação por conta de medidas de contenção do vírus e também o impacto das rupturas nas cadeias de suprimento que já têm sido comunicadas de forma anedótica e se mostram em férias coletivas para diversas montadoras. Com a surpresa de hoje, nossa projeção de IBC-Br sobe para 0,27%”

 

Com informações da Agência Brasil

Leia mais:

Ibovespa cai em meio a queda das Bolsas globais e avanço da Covid

Payroll de fevereiro surpreendeu positivamente as expectativas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui