Produção industrial cresce em novembro

84

O IBGE acaba de divulgar os números relativos à atividade fabril do país durante o mês de novembro. Houve expansão de 4,6% em relação ao mês de novembro de 2001. Comparando-se com o mês de outubro de 2002, a produção industrial foi 0,5% superior descontando-se as influências sazonais, representando o sexto mês consecutivo de resultado positivo na atividade industrial brasileira.
No acumulado do ano, isto é, de janeiro a novembro de 2002, a produção industrial exibe crescimento de 2,1%. Abrindo por categorias de uso, temos a seguinte decomposição da atividade industrial neste período: Indústria de Bens de Capital (-1,3%); Indústria de Bens Intermediários (+2,7%); Indústria de Bens de Consumo Duráveis (+2,2%); Indústria de Bens de Consumo Semi e Não Duráveis (+0,1%).
Percebe-se que o grupo de bens intermediários está com o melhor desempenho entre os setores industriais pesquisados. Isto deve-se a fatores como a alta de 12,2% na indústria extrativa mineral (basicamente produção de petróleo e gás natural), como também ao aumento das exportações e da atividade agroindustrial. Outro grupo de destaque fica por conta dos bens de consumo duráveis influenciados pela alta de 14,0% na produção de motocicletas e de 4,7% na produção de eletrodomésticos.
Já no aspecto negativo encontramos a indústria de bens de consumo semi e não duráveis praticamente estagnada, uma vez que este setor depende da elevação da massa salarial, e a indústria de bens de capital. Esta última, apesar das elevações de 20,1% e de 7,1% na produção de máquinas e implementos agrícolas e de equipamentos para transporte, vem sofrendo com as quedas de 26,7% na produção de equipamentos para energia elétrica e de 4,2% nos equipamentos para a construção civil.
Como o aumento da capacidade produtiva do país, condição necessária para que possamos crescer com estabilidade de preços, depende da expansão do setor de bens de capital, a recuperação do dinamismo deste setor é um dos principais desafios que o novo governo terá que enfrentar.

Luiz Rabi
Economista-chefe do BicBanco.

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui