Professores fazem carreatas nos EUA contra reabertura de escolas

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Professores e funcionários de mais de 35 distritos escolares dos EUA fizeram protestos ontem contra os planos de retomada de aulas presenciais, enquanto os casos de Covid-19 aumentam em várias partes do país.

Os manifestantes, que fizeram carreatas levando cartazes e com mensagens pintadas em seus veículos, exigem que as escolas não retomem as aulas em agosto e setembro, até que dados científicos justifiquem tais medidas.

Os profissionais de educação querem que os distritos esperem até que entrem em vigor protocolos como salas de aulas com menos alunos e a realização de mais testes, além de que escolas sejam equipadas com número adequado de coordenadores e enfermeiras, segundo um site construído para representar as manifestações.

No Twitter, a Associação de Educadores e Professores de Milwaukee mostrou manifestantes com falsas sepulturas que diziam "Aqui jaz um estudante da terceira série de Green Bay que pegou Covid na escola" e "Descanse em paz, vovó. Pegou Covid ajudando seus netos com o dever de casa".

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As mortes por Covid-19 nos EUA cresceram pela quarta semana consecutiva, para mais de 8.500 pessoas nos sete dias até 2 de agosto, enquanto o número de novos casos caiu pela segunda semana consecutiva.

Mais de 155 mil pessoas já morreram por complicações ligadas à doença nos EUA, o maior número entre todos os países do mundo. Os casos subiram semana após semana em 20 estados, incluindo Missouri, Montana e Oklahoma.

Os professores também estão pedindo ajuda financeira para pais em necessidade, incluindo assistência para pagamentos hipotecários e aluguel, uma suspensão das ordens de despejos e fechamentos e pagamento de auxílio em dinheiro.

Já no Brasil, a Comissão de Educação da Associação Brasileira de Franchising (ABF) lançou cartilha para orientar retorno de aulas presenciais em cursos livres. O documento orienta franqueadores e franqueados sobre a retomada gradual das atividades presenciais nas unidades de ensino de cursos livres, com segurança para alunos e suas famílias, professores, demais colaboradores e toda comunidade, já que o governo de São Paulo está relaxando as medidas de isolamento e permitiu o retorno com restrições de aulas presencias de cursos livres, que passaram a ser enquadrados como serviços dada sua natureza diversa do ensino regular. Em outras regiões, identificam-se também movimentos de reabertura, em diferentes graus e regulamentações.

A cartilha contou com o apoio técnico Ei Educação Continuada, empresa que segue as diretrizes da equipe liderada pelo médico Edimilson Migowski, professor de Doenças Infecciosas da UFRJ. "Elaboramos um protocolo sucinto, claro, que tem por objetivo orientar franqueadores e franqueados sobre como proceder na retomada gradual das atividades presenciais nas unidades, que pode ser usado em diferentes situações, independentemente do tipo de ensino prestado pela franquia. Reunimos nesse documento as orientações principais que pudessem ser padrão para todo o segmento de educação. Cada franquia poderá adequar o protocolo às peculiaridades da sua operação", explica Sylvia Barros, coordenadora da Comissão.

As escolas de cursos livres, como são a maioria das que integram as redes de franquias do segmento de serviços educacionais, são distintas das escolas de ensino regular, da rede pública e privada. São em geral estabelecimentos menores, com aulas de menor duração e turmas também reduzidas, que não concentram grande número de alunos, como nas escolas regulares.

"Essa distinção entre as escolas de cursos livres e as instituições de ensino regular é fundamental. As franquias têm condição de retomar suas atividades mais rapidamente do que as escolas regulares, oferecendo toda segurança à comunidade escolar. E a implementação do protocolo de segurança sanitária pode ser feita com agilidade, sem qualquer burocracia, por exemplo, como a oferta de álcool em gel, de máscaras, a limpeza e desinfecção das instalações e outras medidas necessárias", completa Sylvia.

Em pesquisas internas recentes, as redes identificaram o desejo de retorno de alguns alunos, mas o ensino à distância será mantido. Além disso, o retorno das atividades presenciais das áreas administrativa, comercial e de marketing será importante para a reorganização das redes neste momento e para o planejamento e captação de matrículas para o segundo semestre.

 

Com informações da Agência Braisl, citando a Reuters

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