O Programa para Refugiados Palestinos vai oferecer bolsas de estudo em universidades brasileiras para estudantes da Palestina, mas precisa de apoio para custear as passagens aéreas, instalação e seguro aos aprovados. Organizado pelo Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) e pelo escritório diplomático do Brasil na Palestina com apoio da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (Unrwa, na sigla em inglês), o programa é uma forma de colaborar com a formação dos jovens palestinos, de acordo com a professora e diretora-executiva do GCUB, Rossana Valéria de Souza e Silva.
O GCUB é formado por 97 universidades brasileiras e seis estrangeiras. Deste programa para refugiados participam cerca de 50 instituições brasileiras. Elas têm até a próxima sexta-feira para informar ao GCUB quantas e quais bolsas poderão oferecer. O programa de bolsas deverá ser a primeira iniciativa do Instituto de Estudos Brasil-Palestina, que está sendo criado junto com este projeto.
Um edital será elaborado e divulgado para que os interessados se inscrevam em um total de 1.336 vagas e 170 bolsas sendo: 21 de Graduação, 72 de Mestrado e 77 de Doutorado em todas as áreas do conhecimento. A partir da divulgação do edital, os estudantes poderão se inscrever no programa por meio de uma plataforma.
“São três possiblidades de escolha para aumentar a possibilidade deles de serem selecionados”, diz a diretora-executiva do GCUB.
As bolsas serão mensais, administradas pelas universidades e pagas diretamente aos estudantes. Os recursos doados para compra de passagens, auxílio instalação e seguro internacional serão administrados por uma fundação associada ao GCUB e com uma conta corrente criada para esta finalidade.
“As universidades contribuem com as bolsas, mas estamos também buscando outros apoios para ajudar aqueles aprovados com passagem internacional, auxílio instalação, seguro internacional, mas estamos ainda em busca de apoiadores”, afirma Rossana. Uma das instituições que já confirmou que contribuirá com o programa é a Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
“Esse projeto surge no âmbito de um projeto maior, que é o instituto de estudos avançados Brasil-Palestina. É uma iniciativa do nosso escritório diplomático em Ramallah, com o embaixador Alessandro Candeas, e do GCUB. Surgiu da visita exploratória que eu fiz, a convite da embaixada, a universidades na Palestina”, diz Rossana, que também é professora universitária. Candeas é embaixador do Brasil na Palestina.
“O programa especificamente tem o intuito tanto colaborar com a formação de jovens refugiados palestinos oferecendo cursos de graduação, mestrado e doutorado de alto nível”, afirma Rossana, lembrando que o projeto também contribui com as universidades brasileiras ao receberem estudantes com formações acadêmicas diversas e com uma experiência cultural “muito rica”.
Em setembro, a Itália, na qualidade de presidente em exercício do G7, vai apresentar à Organização das Nações Unidas (ONU) um projeto de reconstrução global para Gaza com vista ao “nascimento de um Estado palestino”, informou o chefe da diplomacia italiana.
O vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani, em entrevista ao diário italiano La Stampa, adiantou que seu país “está pronto para enviar um contingente para trabalhar, numa transição a ser gerida pela ONU e liderada pelos países árabes, para o nascimento de um Estado palestino, unindo à Faixa e a à Cisjordânia”. Acrescentou que os EUA solicitaram a Roma que recorra aos ‘carabinieri’ (força policial militar italiana) para “treinar uma força de segurança palestina adequada”.
O chefe da diplomacia italiana destacou, no entanto, que o interlocutor nesse processo com vista à reconstrução de Gaza e criação de um Estado da Palestina “só poder ser a Autoridade Nacionalidade Palestina, e não o Hamas”.
Questionado sobre por que motivo a Itália ainda não reconheceu o Estado palestino, como já fizeram vários países europeus, Antonio Tajani reiterou que Roma é “a favor” da solução de “dois povos, dois Estados”, mas defendeu que “tem de ser oferecida uma perspectiva concreta ao povo palestino”, e isso é inviável com a organização islâmica Hamas no poder em Gaza.
Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe e da Agência Brasil, citando a Lusa
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