Proibição de TikTok e WeChat por Trump reforça imagem linha-dura

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O presidente americano Donald Trump emitiu hoje ordens executivas para banir os aplicativos TikTok e WeChat, de origem chinesa, das lojas de aplicativos dos smartphones. As remoções estão planejadas para o domingo e ocorrem em meio à negociação de parceria entre da americana Oracle e com o TikTok. Trump havia determinado que o TikTok se associasse a uma empresa americana para continuar operando no país. TikTok e WeChat têm 100 milhões de usuários nos EUA.

Para Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM SP), a principal motivação do candidato republicano para a atitude enérgica é mostrar que segue inflexível com relação à China. "Ele busca apresentar a China como uma ameaça para o eleitorado, após não obter o retorno desejado da guerra comercial que travou ao longo de seu primeiro mandato. Trump também passa o recado que os EUA buscam mais controle sobre a internet e o seu desejo da permanência da hegemonia americana nas redes sociais", afirma.

Porém, a proibição dos aplicativos deve ter baixo impacto eleitoral, na avaliação de Denilde. A principal razão é a faixa etária dos usuários das redes sociais em vias de censura. "O público do TikTok nos EUA é predominantemente jovem e não representa o típico eleitor de Trump. São usuários de redes sociais mais abertos a debater temas que não estão na agenda do candidato, como meio ambiente, racismo estrutural e feminismo", completa.

 

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