Projeção da Selic é de 5% no final deste ano

361
Banco Central (Foto: Luiz Kessler)
Banco Central (Foto: Luiz Kessler)

A ata da 238ª reunião do Copom, divulgada pela manhã, reforça argumentos relevantes do comunicado. Apesar dos argumentos referentes aos riscos para o cenário base decorrentes da atividade, dado o comentário a partir do parágrafo 14, nossa leitura é de uma ata dove a mercado.

Sobre a atividade econômica, o comitê destaca as surpresas positivas por conta dos últimos dados. Especificamente, a ata indica expectativa de uma retomada robusta da atividade no segundo semestre. Sobre o nível de ociosidade, reforça-se a discussão sobre recuperação desigual entre setores.

No parágrafo 14, o Copom argumenta que uma trajetória de elevações de juros que leve a Selic “sem interrupção até o patamar considerado neutro” levariam as expectativas de inflação a ficarem consideravelmente abaixo da meta no horizonte relevante. Ou seja, há clara intenção da autoridade monetária em reduzir o ritmo de normalização de juros ou, alternativamente, interrompê-lo após a próxima reunião.

Já sobre a “normalização parcial”, a ata defende que a utilização do termo reflete a sua opinião sobre a “política monetária adequada para a convergência da inflação para a meta”. Já divulgação de informações sobre juro neutro e hiato são creditados ao desejo do comitê ser mais transparente, o que melhoraria a eficiência da política monetária.

Espaço Publicitáriocnseg

Em suma, dado o alerta do Copom sobre o ritmo de normalização após a reunião de junho, mantemos nossa projeção de Selic a 5% no final deste ano. Para o ano que vem, mantemos ainda projeção de 6,5%. Os riscos para ambos são altistas.

.

Felipe Sichel

Estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui