Proposta de adotar horário de verão ganha apoio

Ex-secretário de Energia do Rio é favorável; empresas de geração solar acreditam que horário de verão trará benefícios

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Wagner Victer
Wagner Victer (foto de Octacilio Barbosa, Alerj)

O ex-secretário de Energia e Petróleo do Estado do Rio de Janeiro Wagner Victer afirmou que é favorável à proposta de adotar o horário de verão este ano. A ideia foi lançada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, diante da prolongada estiagem no País, com a baixa dos reservatórios no Norte e Nordeste.

Para Silveira, o horário de verão assegura dois objetivos na gestão do sistema elétrico: garante segurança energética, ou seja, evita apagões, e a oferece um preço de energia mais justo e acessível para a população.

Antônio Terra, CEO da ForGreen, empresa mineira de energia solar, afirma que o retorno do horário de verão pode incentivar as empresas a usarem energia solar. “Já observamos uma procura maior por PMEs visando migrar para a Geração Distribuída. Nos municípios em que possuímos o serviço de plano de assinatura, há uma procura maior por esta alternativa”, explica o executivo da ForGreen.

O horário alternativo colabora com a produção de energia solar injetada no sistema cativo, durante todo o dia, até o final da tarde. Terra defende políticas públicas que fortaleçam o setor. Ele lembra que o segmento utiliza materiais importados e a utilização de novas tecnologias, como, por exemplo, a implementação de baterias de armazenamento que assegurem utilizar posteriormente a energia solar excedente. O Ministério de Minas e Energia cogita realizar ainda este ano leilão para contratação de baterias.

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Por outro lado, João Sanches, CEO da Trinity Energias Renováveis, empresa geradora de energia renovável, gestora e comercializadora de energia no mercado livre, acredita que a mudança não impacta o seu mercado de atuação.

“O horário de verão pode aliviar a pressão que o consumo no horário de pico (18h–21h) vem trazendo para o Sistema Interligado Nacional. Com esse alívio, pode ser minimizado o despacho de térmicas nesse horário e como consequência, produzir menos energia a base de combustíveis que poluem o meio ambiente, não elevar os preços de energia para o consumidor final e ainda trazer segurança para o Sistema Elétrico brasileiro garantido o fornecimento de energia ininterrupto para toda a população”, conclui o executivo da Trinity.

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