Provedores de hospedagem atingirão R$ 1,2 bi neste ano

100

A Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura e Hospedagem na Internet (Abrahosting) concluiu um mapeamento dos negócios do setor, que irá encerrar o primeiro semestre de 2016 com uma população da ordem de 700 empresas e cerca de 4 milhões de sites hospedados.
Pelos dados da entidade, a receita global do setor irá superar os R$ 1,2 bilhão até o final de 2016, representando um crescimento da ordem de 7,5% na comparação com o ano anterior.
De acordo com Vicente Neto, presidente da Abrahosting, o movimento positivo decorre de variáveis como a progressiva digitalização dos negócios (com adesão em massa dos pequenos estabelecimentos) e o avanço da virtualização (serviços na nuvem), que posiciona a terceirização da informática como um fator de redução de custos para o conjunto das empresas.
Segundo o executivo, o aprofundamento da crise econômica no Brasil, a partir de 2013, vem funcionando como um contrapeso para a ascensão dos negócios, mas não anula o crescimento da competitividade das empresas de hospedagem e serviços de infraestrutura.
– Pelo contrário, afirma ele, a popularização dos serviços em nuvem está direcionando para o setor de serviços hospedados uma parte importante das verbas que as PMEs antes despendiam em hardware e serviços de suporte local de TI, tornando o serviço de hospedagem um investimento obrigatório.
Além de ofertar a tradicional hospedagem de sites e serviços de aplicações de escritório, tais como e-mail, organização de arquivos, aplicativos de mesa e serviços de segurança, a indústria de hospedagem no Brasil está diversificando suas receitas com a venda cada vez mais intensa de valor agregado para médias e grandes empresas.
Entre essas novas ofertas destacam-se a terceirização de aplicações de gestão (ERP) e de infraestrutura virtual para a execução de aplicativos.
– Está havendo um movimento de especialização em vários aspectos. Há, por exemplo, aquele provedor que foca em vender estrutura de sites e comércio eletrônico para a PME, enquanto outros se posicionam como outsourcing de data center para operações de missão crítica – comenta Neto.
Na avaliação do executivo, ao longo deste ano, o setor irá investir cerca de R$ 90 milhões no Brasil em ativos de infraestrutura de aplicação, governança de TI e storage. Este montante o ajudará a acompanhar o crescimento vegetativo e, principalmente, a suportar o avanço da demanda das novas modalidades de entrega de valor em tecnologia da informação, tais como programas como serviço (SaaS, por sua sigla em inglês), infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS).
Ao longo de 2016, a Abrahosting está discutindo com os seus associados alguns fatores de regulação do setor com grande impacto sobre os negócios. Entre eles está a responsabilidade jurídica pelo armazenamento de dados de terceiros, e de conflitos de direitos autorais relacionados ao conteúdo hospedado.
– As empresas de hospedagem também querem debater com o governo uma política de tributação menos predadora que a atual; e apoiamos a indústria de programas em sua resistência à cobrança de ICMS sobre aplicativos, um novo tipo de tributo que onera toda a cadeia de produção – conclui o presidente da Abrahosting.

Revendedor de TI está cada vez mais autônomo e sem loja física
Autônomo, sem loja nem funcionários. A cada ano aumenta o número de revendedores de TI com esse perfil, aponta a 6ª Pesquisa Inédita Setorial dos Distribuidores de TI e o 5º Censo de Revendas da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti), encomendado junto ao IT Data, uma das principais consultorias de análise de mercado em tecnologia do país.
O levantamento realizado junto a mais de 1,8 mil revendas em todas as regiões do país durante o ano de 2015 mostra que as empresas com apenas um profissional, ou seja, o proprietário, representam 28,7% dos entrevistados, contra 25% em 2014.
– Este é um forte indício de que o revendedor de produtos de TI se tornou um consultor que não possui loja, apenas um escritório comercial ou atua em home office – afirma Mariano Gordinho, diretor-executivo da Abradisti.
A participação dos empreendedores individuais somada às empresas que contam com dois a três colaboradores representa mais da metade da amostra, com 51,4%. As revendas com mais de 20 colaboradores equivalem a uma parcela de apenas 9,5% de participação de um mercado estimado em mais de 30 mil comerciantes.
Outra tendência que vem se consolidando é a ausência de loja física. Fatores como a crise econômica e altos valores de aluguel aumentaram o número de revendas sem um estabelecimento comercial de 52% em 2014 para 57,6% no último ano. Desses, 36,5% trabalham em um escritório e 21,1% afirmam adotar o modelo home-office.
– A operação dessas empresas está mais na prestação de serviços e menos focada na venda de produtos, que geralmente acontece sob encomenda ou pela internet – explica Gordinho. Vale ressaltar que a receita proveniente dos serviços já representa 40,5% na média nacional. Já a venda de hardware caiu de 31,4% para 26,9%.

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui