O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, divulgou que o BC reviu de 25% para 35% a previsão sobre o total da dívida de empresas privadas que não serão roladas este ano. Como os vencimentos privados, em 2002, somam cerca de US$ 14,2 bilhões, se a projeção do BC se confirmar, isso significará uma pressão adicional de US$ 4,97 bilhões sobre o câmbio este ano. Não é nada, não é nada, é simplesmente 50% do empréstimo de US$ 10 bilhões liberado segunda-feira pelo FMI.
Em alta
A economia brasileira segue em banho-maria, mas o mercado de produtos eróticos está aquecido – economicamente falando. O número de lojas pulou de 350, em 1999, para mais de 500, hoje; a tiragem das revistas dedicadas ao assunto cresceu 20% no último ano e o número de títulos saltou 15%; e a 7ª Erótika Fair promete reunir 68 expositores, com público de 55 mil pessoas e mais de R$ 2 milhões em negócios. Para comparar, a primeira feira, em 1997, teve 36 expositores e 12 mil pessoas, movimentando R$ 300 mil; a última recebeu 48 mil visitantes e mais de R$ 1,8 milhão em negócios. Os dados são da recém-fundada Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico (Abeme). Além do preconceito, o setor sofre com o mesmo problema dos demais negócios no país: o baixo poder aquisitivo. As mulheres são as maiores consumidoras de produtos eróticos – 65% do mercado. A feira será em São Paulo, de 4 a 9 de julho, e – claro – é proibida para menores de 18 anos. Já maiores de 65 anos têm entrada gratuita.
Até Maílson
“O PT irá para as eleições na defensiva, ao contrário das vezes anteriores quando esteve na ofensiva.” A avaliação é de Maílson da Nóbrega, da empresa de consultoria Tendências e ex-ministro da Fazenda (governo Sarney, quando levou o país a uma inflação de 84% em março de 1990). Essa alteração, explicou, deve-se ao fato de o partido ter promovido total mudança nos princípios que defendia. Mesmo considerando pouco provável a hipótese de vitória de Lula, Maílson deixou claro que os mercados não ficarão convencidos das propostas de mudança.
Sem cartel
Com uma taxa inferior à metade da que é cobrada pelas administradoras tradicionais de cartão de crédito, será apresentado em São Paulo, na Feira PostoShopping, um cartão direcionado ao uso em postos de gasolina. O Gas Card cobra taxa de 1,25% ao comerciante, contra 3% das demais operadoras. A informação é de Kátia Perelberg, na coluna Downstream, no portal www.guiaoffshore.com.br
Cronologia
Para registro histórico: o fuzuê na sede da Prefeitura do Rio, segunda-feira, que incluiu até providenciais granadas que somente explodem nas manchetes de jornais, ocorreu no primeiro dia útil após o prefeito Cesar Maia produzir curiosa e particular historiografia do tráfico de drogas no estado num “jornalão” carioca. Em mais uma coincidência conveniente, no dia do fuzuê, o presidente FH estava a postos na cidade para pousar com cartuchos encontrados no local, embora seja pouco provável que Sua Excelência saiba distinguir um calibre 38 de um 12.
Segurança
Os candidatos à Presidência são esperados hoje em Brasília para participarem do IV Cebratur – Congresso Brasileiro da Atividade Turística, cujo tema principal é “O legislativo e o turismo: Um compromisso com o desenvolvimento”. Documento encaminhado à Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Câmara e aos presidenciáveis pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional), mostra a expansão do segmento hoteleiro, sua expressão na economia nacional e sua importância para a geração de divisas. Na pauta de reivindicações, a Abih elegeu a segurança como prioridade.
As pernas pela cabeça
A excitação de repórteres longe do calor de seus lares pelo novo corte de cabelo de Ronaldinho pode ser compreensível e, a depender de gostos pessoais, até natural. Já a superação do interesse pelos problemas musculares do jogador pela pauta capilar é mais uma vitória do jornalismo de entretenimento sobre o jornalismo investigativo.