Vladimir Putin não viajará na próxima semana para a cúpula do Brics, que será realizada no Rio de Janeiro, devido à falta de uma “posição clara” do governo brasileiro em relação ao mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente russo.
Isso foi explicado pelo assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, que informou que o presidente participará por videoconferência, enquanto Moscou será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Ushakov destacou que houve “certas dificuldades” com relação às exigências do TPI. “Nesse contexto, o governo brasileiro não conseguiu adotar uma posição clara que permitisse que nosso presidente participasse dessa reunião”, disse o assessor presidencial, segundo a agência Interfax.
O TPI emitiu um mandado de prisão para o presidente Putin em 2023 por crimes de guerra relacionados ao deslocamento forçado de crianças ucranianas. O Brasil, como signatário do Estatuto de Roma, deve atender às solicitações do tribunal, embora, na prática, a decisão caiba a cada país.
Esta é a segunda cúpula do Brics que Putin perde, depois de não ter comparecido à África do Sul em 2023 pelos mesmos motivos. No entanto, ele foi recebido com todas as honras na Mongólia, que, apesar de ser membro do TPI, garantiu ao presidente russo que ele não seria preso. A Cúpula de 2024 foi realizada em Kazan, Rússia.
O Brics é um bloco formado por 11 países-membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
Os líderes aprovaram a criação da categoria de país parceiro do Brics, durante a Cúpula de Kazan. São eles: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Com informações da Europa Press
















