Puxada pelos combustíveis, inflação oficial fecha agosto em 0,87%

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Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. Em agosto do ano passado, a variação foi de 0,24%. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os nove grupos e serviços pesquisados pelo instituto, oito subiram em agosto, com destaque para os transportes, com alta de 1,46%, puxado pelos combustíveis. A gasolina subiu 2,80% o etanol 4,50%, gás veicular 2,06% e óleo diesel 1,79%.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 ponto percentual abaixo do resultado de julho, quando a alta foi de 1,02%. No ano, o indicador acumula elevação de 5,94% e em 12 meses chega a 10,42%, acima dos 9,85% observados nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano passado, a taxa variou 0,36%.

Para o INPC, a principal influência foi dos produtos alimentícios, que subiram 1,29% em agosto, acima de 0,66% observado em julho. Os produtos não alimentícios desacelararam e tiveram alta de 0,75% no mês, após variação positiva de 1,13% em julho.

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Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, “o IPCA de agosto avançou acima da nossa expectativa (0,69%) e da mediana do mercado (0,71%). Estamos revisando a nossa projeção de IPCA para o ano fechado (8,1%).”

O especialista destaque que a leitura ficou 0,08% acima da maior estimativa e 4 desvios padrões acima da mediana das expectativas.

“Nos grupos, destaque do avanço em transportes (+1,46%) e alimentação e bebidas (+1,39%). Vestuário e artigos de residência também avançaram fortemente (1,02% e +0,99%, respectivamente). Pelas aberturas, nota-se forte avanço de preços administrados que cresceram 0,95% (expectativa: 0,70%) e de 0,85% nos livres (expectativa: 0,69%). O avanço de serviços (0,39%) foi atenuado pela queda nos preços de passagens aéreas. Por outro lado, os industriais avançaram 1,03%, mantendo a preocupação em torno da abertura. Olhando para os subjacentes, temos uma leve atenuação nos industriais, que sem embargo seguem mostrando força (0,61% para 0,59%). Já os serviços subjacentes mostraram o quarto mês consecutivo de aceleração. Medidas qualitativas também indicam piora, com aumento significativo na difusão e na média dos núcleos. Em suma, o número apresenta viés negativo tanto por perspectivas qualitativas como quantitativas. Estamos revisando a nossa projeção de IPCA para o ano fechado (8,1%)”, diz, em relatório.

 

Com informações da Agência Brasil

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