Quantas pessoas morreram de Covid-19 no Brasil devido à falta de coordenação no manejo da pandemia e ao negacionismo? Ou, perguntando de uma forma mais popular, quantos mortos pode-se colocar na conta de Jair Bolsonaro?
Não é uma questão fácil de responder; talvez nem tenha resposta. Mas pode-se, ao menos, comparar o resultado dessas políticas no Brasil e o que ocorreu nos demais países. A conta é estarrecedora.
Em 29 de dezembro, América Latina e Caribe ultrapassaram 500 mil mortes por Covid. Mais exatamente, 500.634. A população na região somava 653.962.000. No Brasil, eram 192.716 mortos e 212.559.000 de habitantes.
Para fazer a conta, retiramos da população e dos óbitos na América Latina e Caribe os números relativos ao Brasil. Chega-se assim a uma média de 697,6 mortos por milhão. Nas terras governadas por Bolsonaro, o índice é de 955,7 mortos por milhão. Se o Brasil tivesse sofrido a mesma média da região, teria registrado 148.281 mortes – ou 44.435 vidas salvas.
O resultado é bem mais desfavorável se comparado ao mundo, já que países populosos como China e Indonésia tiveram – ou registraram oficialmente – proporcionalmente poucos casos e mortes. Em 11 de janeiro, 17h20, nosso país registrava 203.140 mortes. O resto do planeta, 1.733.474. O índice de óbitos mundial era de 227,5 por milhão. Se o Brasil tivesse alcançado este índice, teria poupado 154.783 vidas.
Seria injusto debitar os óbitos somente na conta do Governo Federal. Governos e prefeituras agiram mais ou menos rapidamente, com mais ou menos competência. Às vésperas das eleições, prefeitos recusaram endurecer as medidas restritivas, apesar de já estar claro que o número de casos estava com aumento forte.
Mas, ao incentivar medicamentos ineficazes, menosprezar a doença e mudar 2 vezes o ministro da Saúde em plena pandemia, acabando por escolher um general sem experiência na área, Bolsonaro fica com a maior parte da responsabilidade. O número de mortos é 1,5 vezes (no caso da comparação com a região na qual o Brasil se encontra) a 5 vezes (mundo) os 30 mil que, em 1999, o então deputado Jair Bolsonaro defendeu que deveriam morrer no país.
Expansão no exterior
A Ambipar, de gestão ambiental, adquiriu mais uma empresa especializada em atendimento emergencial nos Estados Unidos: a Custom Environmental Services (CES). O objetivo é continuar com o plano de expansão e ampliar a atuação da empresa em âmbito mundial.
História no lixo
Criado por D. João VI, o Banco do Brasil faz parte da nossa História, mas para o representante de Chicago, que fez uma desgraça com o Chile, Paulo Guedes, o BB é uma p… e, por isso, deverá ser privatizado.
Credibilidade
A semana ainda vai pela metade, e Bolsonaro e Guedes já conseguiram gerar 10 mil novos desempregados: 5 mil na Ford e 5 mil no Banco do Brasil.
Sob nova administração
O Conselho Regional de Administração do Rio (CRA-RJ) está com nova diretoria executiva eleita para o biênio 2021-2022. A instituição terá como presidente o administrador Leocir Dal Pai.
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