Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o valor do ovo subiu 4,32% na segunda quadrissemana de fevereiro, refletindo uma combinação de fatores sazonais e econômicos.
Entre os principais motivos estão o aumento da demanda durante a Quaresma – período em que muitas famílias reduzem o consumo de carne vermelha -, a busca por alternativas mais acessíveis diante da alta de outras proteínas e a restrição de oferta no mercado.
Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, explica que a valorização dos ovos segue um padrão recorrente nesta época do ano, mas que, em 2025, o movimento pode ser intensificado.
“A procura cresce sazonalmente na Quaresma, mas este ano a pressão é ainda maior devido ao encarecimento das carnes e à oferta ajustada, ou seja, a produção não aumenta no mesmo ritmo da demanda. Isso gera um impacto direto nos preços”, aponta o pesquisador.
Nos últimos meses, o custo do ovo já vinha apresentando variações positivas, tendência que pode se manter no curto prazo, especialmente em função da sazonalidade.
Já segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a alta registrada no preço dos ovos é uma situação sazonal, comum ao período pré e durante a Quaresma.
Após longo período com preços em baixa, a comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos.
Segundo a entidade, os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens. Ao mesmo tempo, as temperaturas em níveis históricos têm impacto direto na produtividade das aves, com reflexos na oferta de produtos.
Mesmo com estes fatores, os produtores esperam que o mercado deverá se normalizar até o final do período da Quaresma, com o restabelecimento dos patamares de consumo das diversas proteínas.
Embora em alta, as exportações de ovos têm efeito praticamente nulo sobre a oferta interna, já que representam menos de 1% das 59 bilhões de unidades que deverão ser produzidas este ano, o que deve gerar um consumo per capita de 272 unidades anuais – mais de 40 unidades acima da média mundial de consumo.
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