
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, estimaram em cerca de 52.350 o número de palestinos mortos desde 18 de março, quando o exército israelense rompeu a trégua acordada em janeiro e relançou sua ofensiva contra o enclave, desencadeada em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023.
O Ministério da Saúde de Gaza disse em um comunicado em sua conta do Telegram que, desde 18 de março, 2.273 pessoas foram confirmadas como mortas e 5.864 feridas, incluindo 51 mortos e 113 feridos nas últimas 24 horas, elevando o número total de vítimas relatadas desde o início da ofensiva para 52.365 “mártires” e 117.905 feridos.
Por outro lado, ele disse que ainda há corpos nos escombros e espalhados pelas ruas porque os serviços de resgate e emergência não conseguem chegar a algumas áreas devido aos ataques das tropas israelenses, o que aumenta o temor de que o número de mortos possa ser maior.
Autoridades israelenses bloquearam a entrada de ajuda no início de março e romperam o cessar-fogo de janeiro com o Hamas em 18 de março, reativando sua ofensiva militar contra Gaza em resposta aos ataques, que deixaram cerca de 1.200 pessoas mortas e quase 250 sequestradas, de acordo com o número oficial.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu nesta terça-feira que menos de 24 reféns ainda estão vivos na Faixa de Gaza, mais de um ano e meio depois que milicianos islâmicos lançaram ataques sem precedentes em território israelense, que inicialmente deixaram cerca de 1.200 mortos e 240 reféns sequestrados.
Netanyahu atualizou o número durante uma reunião para marcar as próximas comemorações do Dia da Independência, observando que uma “missão importante” hoje é recuperar os reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza. “Até agora, recuperamos 196 de nossos reféns, 147 vivos”, disse ele, antes de observar que “até 24 outros” ainda estavam vivos.
“Menos”, disse então sua esposa, Sara Netanyahu, ao que o primeiro-ministro respondeu ressaltando que havia usado a expressão “até” para supor que o número real poderia ser menor do que os 24 que estão sendo considerados atualmente pelo governo.
A troca de reféns por prisioneiros palestinos foi interrompida desde que Israel rompeu unilateralmente o cessar-fogo há mais de um mês, o que gerou críticas das famílias e de parte da oposição política, que acusam o governo de colocar outros interesses acima do bem-estar dos cidadãos desaparecidos.
O primeiro-ministro, no entanto, também usou o discurso para reivindicar supostas vitórias militares e diplomáticas nos últimos anos contra o Irã, o grupo libanês Hezbollah, o regime de Bashar al-Assad na Síria e os rebeldes Houthi no Iêmen.
Com informações da Agência Brasil
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