Dados do Mapa Serasa Crédito, além de pesquisa realizada com mais de 5 mil consumidores, apontaram que 76% dos brasileiros que buscaram alguma forma de crédito em janeiro também pretendem solicitar crédito em fevereiro. Em janeiro, o serviço mais buscado na plataforma foi o de cartão de crédito, com 55%. Entre os consumidores que precisaram de cartão para vencer as contas de fim de ano e de início de 2024, o valor médio pretendido na faixa acima de R$ 1.500 (35%).
Em relação ao perfil do consumidor, a maior parte dos brasileiros que procuraram algum tipo de crédito em janeiro faz parte da faixa etária de 26 a 35 anos (35%) e tem renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.500 (40%).
Quando perguntados sobre a finalidade do crédito solicitado, as opções variam de acordo com o tipo de crédito.
Considerando o próximo mês, três em cada quatro consumidores afirmam que devem buscar crédito extra. Dentro desse grupo, empréstimo pessoal (57%) e cartão de crédito (52%) são os serviços de maior destaque. O valor desejado está acima de R$ 1.500 (56%).
Ao olhar a finalidade para essa renda, 45% dos brasileiros apontam que pretendem fazer um investimento. Esses consumidores devem buscar crédito, principalmente, em seus bancos principais (37%) ou em uma financeira (36%).
Já a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), aponta que o porcentual de lares com contas atrasadas passou de 22,7%, em dezembro, para 21,8%, em janeiro. Em números absolutos, foram 35,4 mil famílias que saíram da lista de inadimplência neste intervalo.
Apesar disso, o comprometimento dos rendimentos domésticos com dívidas ficou mais preocupante. Em média, um terço (32%) de tudo o que as famílias recebem é direcionado para pagamentos de dívidas – o maior número da série histórica da Federação, iniciada em 2010. Vale considerar ainda que uma em cada três casas na cidade já comprometeu metade da renda para despesas.
São dados que, na percepção da Fecomércio-SP, ligam o sinal de alerta para o contexto doméstico das famílias em São Paulo, considerando, por fim, que dois terços dos rendimentos desses lares são destinados para contas do dia a dia, como aluguel, e para o consumo de itens essenciais, como supermercados, farmácias, entre outros.
Os dados ainda mostram também queda significativa entre famílias sem condições de pagar as dívidas vencidas, que passou de 10,1%, em dezembro, para 9,7%, em janeiro, voltando ao patamar de um dígito após seis meses. O endividamento ficou estável, na casa dos 69%. No intervalo de um ano, o número de famílias de renda baixa (até 10 salários mínimos) inadimplentes foi o que mais ressecou, passando de 30,7%, em janeiro do ano passado, para 25,7%, agora. Na direção contrária, lares de estratos superiores apareceram mais na lista de inadimplência: de 10,5% para 11,8%.
Há estabilidade também em relação aos prazos para a liquidação das dívidas: oito meses. No entanto, o tempo médio de atraso está um pouco mais elevado do que era há um ano, passando de 65 dias para 66. Dentre os itens que mais comprometem a renda das famílias paulistanas, estão, principalmente, a fatura do cartão de crédito (85,5%), além do crédito pessoal (15%) e do cheque especial (6,2%). É uma mostra de como o cartão – pela facilidade de uso cotidiano – permanece como a alternativa mais comum para suprir os gargalos do orçamento.
Segundo o estudo, em janeiro de 2023, 4,9% das famílias estavam com dívida nessa modalidade. No caso do crédito pessoal, o volume era de 9,9%. Segundo a Federação, são números que preocupam, já que revelam que as famílias estão recorrendo mais a empréstimos para cumprir as obrigações existentes – ou seja, precisam ir além do cartão para pagar as contas.
Mesmo com uma parcela maior dos rendimentos comprometida com contas, as famílias estão mais confiantes em consumir: a intenção de ir às compras cresceu novamente, agora em 0,4%, atingindo 113,7 pontos. É o maior patamar desde abril de 2014.
Dentre os motivos para esse cenário positivo, estão, sobretudo, o aumento da renda, que cresceu 1,4% em relação a dezembro de 2023, atingindo 138,1 pontos, e a melhora na condição de emprego (1,4%). Diante disso, o índice de consumo subiu na mesma toada: 1,5%.
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