Pesquisa realizada pelo C6 Bank/Ipec revela que 57% dos entrevistados têm contas em bancos digitais. Dentro desse grupo, 47% mantêm suas contas em bancos tradicionais e digitais ao mesmo tempo e 10% abandonaram de vez as instituições convencionais.
O levantamento perguntou também em que tipo de instituição os brasileiros mais realizam transações como depósitos, saques e pagamentos. A maioria ainda usa os bancos tradicionais (65%), em comparação com os digitais (31%). Mas quando se faz um recorte por idade, é possível ver uma tendência se desenhar: entre os brasileiros que têm entre 16 e 24 anos, os bancos digitais já superam os tradicionais (51% contra 41%).
Segundo o estudo, 36% dos entrevistados abriram conta em um banco digital depois do início da crise sanitária. Na classe A, esse percentual é um pouco menor, de 30%. A pesquisa também aponta que, entre as pessoas que possuem contas digitais, 78% passaram a usá-las mais durante a pandemia. A necessidade de isolamento social e de cortar gastos no orçamento familiar acabou acelerando a migração dos brasileiros para o ambiente digital. A pesquisa mostra que 17% dos entrevistados estão há mais de um ano sem visitar uma agência física e outros 11% há mais de sete meses. Outro impulso veio do auxílio emergencial, que podia ser transferido para os bancos digitais antes do prazo previsto.
Enquanto 41% dos consumidores com conta em bancos digitais dizem estar totalmente satisfeitos, entre os entrevistados com conta em instituições convencionais esse percentual é de 25%. Os bancos digitais chegaram ao mercado oferecendo produtos bancários isentos de taxas, em aplicativos simples e acessíveis. Uma análise do Proteste comparando 70 contas-correntes no país mostra que a economia para quem adere a opções com menos taxas chega a R$ 994 por ano.
As entrevistas foram feitas entre os dias 22 e 28 de abril deste ano, com 2000 brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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