Em janeiro, 33% dos brasileiros afirmam ter tido uma redução de renda em casa, enquanto 10% reportaram ter se afundado ainda mais em dívidas. Outros 10% indicam que alguém em casa perdeu o emprego no último ano. Por outro lado, 5% conseguiram aumentar a renda familiar, e 8% estão conseguindo se capitalizar novamente. Foi o que apontou pesquisa da Hibou sobre o comportamento financeiro da população. Realizada entre os dias 18 e 21 de maio, o estudo ouviu mais de 1.600 pessoas de diferentes classes sociais e regiões do Brasil, com margem de erro de 2,3% e um intervalo de confiança de 95%.
Entre as contas que estão em atraso, o vilão número um é o cartão de crédito que lidera com 51%, seguido por boletos em geral (30%), contas de concessionárias (26%), IPTU (21%), cheque especial (18%), parcelas de empréstimo (17%), IPVA (15%), financiamento (10%), condomínio (5%) e aluguel (4%).
Ainda segundo o levantamento, 41% dos entrevistados buscaram ou tentaram pegar dinheiro emprestado nos últimos 12 meses. Destes, 51% recorreram a bancos, 41% a empréstimos consignados, 21% a cartões de crédito, 18% a familiares, 11% a financeiras que operam por aplicativo, e 8% a amigos. Agiotas e empréstimos informais foram a opção para 5%, assim como quem recorreu a adiantamentos de salário.
Os itens básicos são os que mais pesam hoje no bolso do brasileiro: medicamentos de farmácia (45%), seguido por plano de saúde (37%), carnes (33%) e combustível (32%). Além disso, manutenção de carros (21%), legumes e verduras (20%), cesta básica (19%), aluguel (15%), grãos (12%), produtos de limpeza (12%), laticínios (12%), escola (8%) e vestuário (7%) também foram citados.
Para conter gastos, 49% dos brasileiros reduziram a quantidade ou o volume de itens comprados mensalmente. Outros 46% deixaram de colocar alguns itens no carrinho de compras, 44% substituíram marcas ou cortes por opções mais baratas, e 40% reduziram pedidos de delivery. Já 35% dos brasileiros deixaram de frequentar cabeleireiros e manicures, 19% cancelaram assinaturas, 14% reduziram a frequência de faxineiras, 12% venderam itens usados, 11% cancelaram atividades extracurriculares, 11% reduziram o uso do carro particular, e 10% reciclaram itens em casa. Apenas 1% mudou os filhos de escola.
Ainda de acordo com o levantamento, 16% afirmam estar menos endividados do que no início do ano, enquanto 22% estão mais endividados e 28% permanecem igualmente endividados. No que se refere aos gastos com cartão de crédito, 35% dizem que os gastos estão maiores, 39% mantêm os mesmos níveis, e 26% conseguiram reduzir os gastos.
Na busca por melhores preços, 94% dos brasileiros comparam preços ao fazer compras no supermercado. Destes, 44% fracionam suas compras em diferentes mercados ao longo do mês. Outros 29% compram no mesmo mercado, comparando os preços entre marcas favoritas, 21% dividem as compras mensais em dois mercados e 6% compram tudo no mesmo lugar e marca preferida.
A pesquisa ainda revela que 94% dos brasileiros compararam preços nas compras em supermercados, destes 32% utilizariam um aplicativo para comparar preços de produtos ao escanear códigos de barras, enquanto 24% usariam o aplicativo se fosse mais simples, 24% não usariam e 20% precisariam de mais informações para decidir.
Já de acordo com o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, do total de dívidas de consumidores inadimplentes negativadas em janeiro deste ano, 59,7% (ou seis em cada 10) foram regularizadas ou renegociadas em até 60 dias do mês de referência. Os dados são do e mostram, ainda, que as contas com valor acima de R$ 10.000 foram as maiores contempladas, com 70,8% de pagamentos.
A visão por setores das dívidas sanadas revelou que o setor de utilities (contas de água, gás e energia), foi o maior foco dos consumidores: do total de contas negativadas nesta área, 71,0% foram pagas ou renegociadas em até 60 dias após a negativação. O segmento que menos recebeu pagamentos foi o de telefonia (7,8%).
Ainda segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, o ranking das regiões seguiu com a liderança da região Sul (64,2%), seguido pela Sudeste (61,4%), Centro-Oeste (60,9%), Norte (58,2%) e Nordeste (54,7%). No detalhamento por unidades federativas, foi o Acre que se destacou, com 70,2% das contas negativadas em janeiro regularizadas em até 60 dias do vencimento.
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