Estudo apontou que 41% da população têm receio de que aconteça um golpe nessas eleições e 37% estão assustados com falas racistas e machistas externadas por alguns políticos já eleitos. Foi o que apurou levantamento da Hibou intitulado “Atualidades – Brasil”, que buscou a opinião de 2.140 pessoas nos dias 28 e 29 de maio. A margem de erro é de 2,1% de margem a 95% de intervalo de confiança. Segundo o estudo, também 48% da população afirmam falta de opção de candidatos para votar para presidente da República.
Ainda de acordo com a pesquisa, 62% dos brasileiros temem a violência urbana, como os assaltos e latrocínios. 34% estão atentos aos golpes via PIX, redes sociais e WhatsApp; 29%, aos ladrões disfarçados de entregadores; e apenas 2% não consideram os fatores anteriores como de risco; mais além: 33% têm receio ao observarem o aumento dos feminicídios e da violência doméstica; 15%, da violência policial e 13%, os homicídios.
Os últimos acontecimentos globais também são temidos pelos brasileiros: 38% temem que a invasão da Ucrânia e a guerra com a Rússia influencie as eleições no Brasil. E, por fim, 19% têm receio que a urna eletrônica não seja segura.
O brasileiro perdeu o poder de compra e tem sofrido impactos tanto da inflação quanto do desemprego. A alta da inflação, por exemplo, assusta mais da metade da população, representada por 51%. O alto índice de desemprego preocupa a 39% e o preço do combustível a 37%. Outros fatores citados foram o custo da cesta básica (27%); a desvalorização do real (19%); o custo das frutas e verduras (9%); o valor do gás de cozinha (8%).
Ainda entre os pontos de atenção, está a saúde do brasileiro e de que maneira a população está se cuidando. O coronavírus e outras doenças têm sido debatidos e ainda estão entre os tópicos que causam preocupação. Para 47% há uma preocupação na baixa do atendimento do serviço público de saúde; 44% temem o aumento de casos de Covid-19 no Brasil; 42% se preocupam com as pessoas que não tomam vacina; 37% estão atentos ao avanço da varíola pelo mundo; 8%, na volta ao uso de máscara.
Uma das grandes angústias do país é a educação. De acordo com o estudo, para os brasileiros, a educação sofre nos seguintes pontos: 57% relatam baixa performance do Ensino Fundamental e Médio; 34% evasão educacional no ensino público; 29% qualificação dos profissionais que cuidam de crianças pequenas; 17% falta de creches para crianças pequenas; 15% custo das mensalidades em escolas particulares; 14% dificuldade de entender as novas profissões/oportunidades de trabalho; 13% falta de vagas nas escolas públicas e 3% custo dos cursos de contraturno.
Em relação aos recursos naturais, 47% dos brasileiros se preocupam com o desmatamento na Amazônia; 28% com as queimadas pelo Brasil. A falta de cuidado com o meio ambiente em geral é um temor coletivo: 21% se preocupam com a poluição de rios nas cidades; 8% com a poluição das praias. 33% estão temerosos com a diminuição do nível de água nos reservatórios; 30% com a falta de reciclagem do lixo urbano e 23% com o crescimento dos garimpos ilegais.
Quase metade dos brasileiros não considera que o Brasil está retomando um caminho positivo. Para 48%, o Brasil está se recuperando de forma pior do que outros países desenvolvidos; 19% acredita que o país tem se recuperado na mesma taxa que outros países desenvolvidos; 16% afirma que está se recuperando melhor que outros países desenvolvidos. 17% alegaram não ter conhecimento ou preferiram não responder.
Além disso, metade da população observa o Brasil como um país mais apático e isolado no cenário mundial. Ou seja, 50% afirmam que o país está ocupando uma posição menos importante durante o último governo e para 24%, o Brasil ocupa uma posição mais importante durante o último governo. Por outro lado, 15% acredita que não houve mudança de posição do país durante o último governo. 11% não sabem ou preferiram não responder.
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