Quatro em 10 gestores evitam contratar recém-formados Geração Z

Faixa etária entre 18 e 24 anos é mais propensa a realizar demissões voluntárias, representando 39,5% do total de desligamentos espontâneos

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Carteira de trabalho, CLT (Foto: ABr/arquivo)
Carteira de trabalho (Foto: ABr/arquivo)

De acordo com um estudo que ouviu 800 gestores de empresas americanas, quatro em cada 10 dos respondentes têm evitado contratar jovens recém-formados, da chamada geração Z. Dentre os motivos citados estão a falta de habilidade para conversar (52%) e roupas inadequadas para a entrevista (47%).

Para Guilherme Ceballos, sócio da plataforma Eureca, é preciso analisar o porque esse movimento está acontecendo. “É evidente que a Geração Z tem lacunas de desenvolvimento e boa parte delas foram intensificadas pelo distanciamento social e consequências da pandemia. O que não pode acontecer é generalizarmos como toda uma geração perdida”, explica o executivo.

Ceballos também ressalta que isso pode ter como origem os preconceitos entre gerações

“Certamente, quando éramos mais jovens, as gerações anteriores também atribuíam uma série de características negativas como ansiedade, indecisão e falta de maturidade para nós, que discordávamos e hoje fazemos parecido com as pessoas que estão chegando no mercado”, diz.

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“Na opinião de alguns gestores, os jovens estão chegando despreparados no mercado”, analisa.

No Brasil, dados compilados pela LCA Consultores, com base nas informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontaram que a faixa etária mais propensa a realizar demissões voluntárias é a dos jovens, entre 18 e 24 anos, também são conhecidos como geração Y e geração Z – e representam 39,5% do total de desligamentos espontâneos. Esse padrão é seguido pela faixa dos indivíduos até 17 anos e pelos indivíduos entre 25 e 29 anos, ambos com uma taxa de 36,5% cada.

Em 2023, o país testemunhou um recorde de demissões voluntárias, resultando em mais de 7,3 milhões de desligamentos, o que representa uma fatia considerável de 34% em relação aos mais de 21,5 milhões de desligamentos registrados ao longo do ano.

Se por um lado é observado uma maior movimentação e rotatividade no mercado de trabalho por parte da população mais jovem, o Anuário de Benefícios Corporativos 2023, aponta um fator de destaque na retenção dessa nova leva de profissionais. Com a participação de 1.044 empresas e mais de um milhão de colaboradores, o estudo realizado pela Leme Consultoria sugere a preferência por flexibilidade na oferta de benefícios, especialmente entre os profissionais das gerações Z (38%) e Y (34,8%).

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