Quem somos…

Nesta continuação de ‘De onde viemos...’, a Responsabilidade social e a Teoria da Administração Científica

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frederick winslow taylor e jules henry fayol, pioneiros da teoria da administração científica
Frederick Winslow Taylor e Jules Henry Fayol (fotos domínio público)

Desde 2001, a Coluna Empresa-Cidadã (CE-C) é publicada, ininterruptamente, às quartas-feiras no centenário jornal Monitor Mercantil. São mais de mil edições, distribuídas por 23 anos (janeiro de 2001–dezembro de 2002).

Desde a primeira edição, a missão, sempre lembrada: “Apresentar com rigor os novos conceitos (alguns não tão novos assim), com ousadia na formulação de hipóteses que permitam a correta observação com vistas à gestão empresarial aliada à ética e, calcada nas estratégias de ‘cidades inteligentes’ (‘estado da arte’ na teoria e prática da gestão), apresentando casos que possam ser replicados, no todo ou em parte, por interessados na temática, com compromissos consistentes junto ao ‘credo corporativo’ da Responsabilidade Social, da Sustentabilidade, da Reponsabilidade Sócio Ambiental, do Desenvolvimento Sustentável, e do Fairplay nas estratégias da Firma, conceitos aqui tratados como ‘quase sinônimos’”.

Nas finalidades primordiais de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas, de estimular a mudança energética, contrariar as desigualdades socioeconômicas, a exclusão em todas as suas formas de proceder e de toda manifestação de preconceitos.

Não se pretende instalar um tribunal condenatório, muito menos um pelotão de fuzilamento, nem tampouco, uma barraquinha para a venda de indulgências, na salvação das almas empreendedoras, com o CGC atualizado.

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Leia também a primeira parte desta série

De onde viemos…

Alguns dos que primeiro escreveram com base em metodologia científica sobre a teoria da gestão foram o próprio F.Taylor (daí o termo “Taylorismo”).

Além de F. Taylor, a Teoria da “Administração Científica” teve como pioneiros, nomes como os de Jules Henri Fayol, engenheiro de minas; nascido em Istambul em 19/6/1841; faleceu em Paris em 19/11/1925. Seguem Henry Ford (nascido em 30/7/1863, no estado norte-americano do Michigan. O seu falecimento ocorreu em 7/4/1947, no condado de Dearborn, Michigan. O nome de Henry Ford, autor notável de frases bem-humoradas, implantou as assim chamadas linhas de produção.

J.H.Fayol influenciou a “Teoria Clássica da Administração”, descrevendo os pilares da gestão: organizar, comandar, coordenar e controlar.

Até os anos 1920 (aproximados), a Qualidade como prática de gestão era feita de forma quase artesanal, peça a peça, o que criava um funil na expedição.

Além das já citadas, também é uma finalidade constatar que a procura pela Sustentabilidade pode se converter em versátil ferramenta de gestão da Firma e do rígido controle social, contra o qual se rebelam os Trabalhadores, mesmo que fora do espectro da chamada “Administração Científica”.

A partir de meados do século 19, com a adição das contribuições dos pioneiros “gurus” da Qualidade, seria omissão sem justificativa tratar da responsabilidade social sem mencionar as contribuições à Teoria da Qualidade. Relacionados:

  • William Edwards Deming (estatístico e professor universitário, nascido em 4/10/1900; Sioux City; estado de Iowa).
  • Joseph M. Juran (engenheiro eletricista; chamado Pai da Qualidade Moderna; nascido em 24/12/1904, em cidade de Braila, Romênia; faleceu em Minnesota; EUA).
  • Kaoru Ishikawa, engenheiro químico, desenvolveu a ferramenta conhecida por “diagrama de causa e efeito”, além de estimular o funcionamento dos Círculos da Qualidade.
  • Armand V. Feigenbaum
  • Philip B. Crosby

A MISSÃO: Compromisso com o rigor metodológico e com a ousadia

Não há outro jeito, toda palestra, aula, conversa de mesa de bar de que participemos, a pergunta é inevitável: existe a Firma genuinamente responsável, ou aderente a algum dos quase sinônimos, relacionados no início? Há também quem pense que na origem está a crise do estado do bem-estar, compensada então pela RS. Ou seja, gestos de generosidade aos montes dos senhores empresários ou de seus executivos…

Mais recentemente, Christophe Dejours (Paris; 7 de abril de 1949; 74 anos, doutor em medicina, especializado em medicina do trabalho; autor do livro A loucura do trabalho, entre outros) afirma que as condições de trabalho prejudicam a saúde do corpo do trabalhador, enquanto a organização do trabalho atua no nível do funcionamento psíquico.

Segundo ele, “a importância do reconhecimento; a construção da identidade; compromisso entre sofrimento e defesa; sublimação como estratégia de enfrentamento; racionalidade prática; alienação social; e outros”.

É uma maneira de elevar os resultados da empresa por meio de melhores condições de trabalho, que visem tanto a saúde física como mental dos funcionários. Treinamentos, benefícios corporativos, educação financeira e flexibilização de horários são algumas das ações que podem ser inclusas nesse tipo de programa.

A Teoria da Administração Científica encontrou as primeiras resistências entre aqueles que se incompatibilizaram com o método científico e, mais tarde, nas que pessoas que viam-na como repressivo a ponto de levar o trabalhador ao adoecimento físico e psíquico. Ademais, a criatividade, o associativismo e a comunicação são inibidos.

A HIPÓTESE: O movimento é um contínuo choque de gerações, que atravessou todo o século 20.

Para onde vamos? (continua…)

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