Ralo

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Embora envolvam interesses extremamente complexos, as disputas em torno da reforma tributária precisam responder a uma questão inicial: que tipo de organização de Estado se deseja para o país? Se a resposta, ainda que não explicitada, for pela manutenção do país como cevador de rentistas e banqueiros, que embolsaram R$ 100 bilhões apenas até agosto, não existirá tesoura nos outros setores – sociais, produtivos, de infra-estrutura – capaz de saciar a gula dessa gente.

“Brasiraque”
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Francisco Fausto, reagiu duramente à intenção da relatora especial da ONU para Execuções Extrajudiciais Sumárias ou Arbitrárias, Asma Jahangir, de inspecionar o Judiciário brasileiro: “Essa idéia de um representante da ONU inspecionar o Judiciário brasileiro nos coloca no mesmo plano do Iraque. Nós somos o quê? Uma República submetida a um controle internacional?”, criticou, acrescentou que considera a proposta “absolutamente indevida” e deixou claro que o Judiciário “não se deixará inspecionar pela ONU”.

Riscos
Sociedades Limitadas é o livro que o jurista Jorge Lobo lança no próximo dia 14, na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj). O livro faz um alerta sobre os riscos que os empreendedores podem enfrentar com as inovações trazidas pelo novo Código Civil.

Pelo buraco
Da série você sabia? Pelo menos 700 milhões de chaves circulam no país, com suas respectivas fechaduras, cadeados e correntes. O cálculo é do sindicato nacional do setor (Sinac) e inclui casas, carros, escritórios, prédios, depósitos, gavetas, entre coisas e locais que ficam inacessíveis sem elas. O preço de uma chave pode variar de R$ 2 (cópia comum) a R$ 1,2 mil (para um Audi, com telecomando).

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Burocra
Em plena era da informática, o setor de carimbos reúne cerca de 5 mil fabricantes e 15 mil prestadores de serviços, que fornecem, em média, pelo menos dez unidades por dia, totalizando aproximadamente 27 milhões de carimbos anuais, beneficiados pela forte cultura burocrática do país.

Lento
As fábricas de aparelhos celulares, que estavam quase 100% suspensas, estão retornando às compras de circuitos eletrônicos, avalia o gerente de vendas da PI Componentes, José Molina. Uma das maiores distribuidoras nacionais de microchips, a PI estima que, a menos que ocorra fato novo de grande impacto na economia, o setor de componentes eletrônicos deverá encerrar este ano com movimento quase idêntico ao de 2002, que já acumulava perdas de quase 15% em relação a 2000.

Natal magro
“Medidas como a concessão de microcrédito, para alavancar os eletrodomésticos, ou mesmo a queda de juros, somente deverão surtir efeito a partir de 2004. Para este ano, a única expectativa otimista – de um movimento de Natal mais acentuado – ainda não foi confirmada por um crescimento acima do normal nas vendas de componentes”, assinala Molina.

Ano gordo
A estagnação atinge o setor eletrônico como um todo, conforme os números da Suframa. Até o fim de agosto deste ano, a receita total do Pólo Industrial de Manaus se situava na casa dos R$ 5,3 bilhões, semelhante aos R$ 5,2 bilhões de igual período de 2002. Fugindo desse quadro, a PI espera dobrar as vendas, reforçando a atuação nos segmentos de brinquedos, eletrônicos de consumo e automação.

Tudo para fora
O esforço de exportar chega aos artesãos: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior colocou na Internet e em CD-ROM o documento Aprendendo a Exportar Artesanato, uma cartilha eletrônica que explica o passo-a-passo do processo exportador. O próximo da série será Aprendendo a Exportar Calçados, com lançamento previsto para o dia 31 de outubro.

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