Cyril Ramaphosa, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), que governa a África do Sul, foi reeleito pela Assembleia Nacional na sexta-feira como presidente do país para os próximos cinco anos. O chefe de Justiça Raymond Zondo, que presidiu a primeira sessão da Assembleia Nacional, anunciou que Ramaphosa obteve 283 votos, enquanto o outro candidato, Julius Malema dos Combatentes pela Liberdade Econômica, recebeu 44 votos.
Na sexta-feira anterior, o CNA e o principal partido da oposição, a Aliança Democrática (AD), chegaram a um acordo para formar um governo de unidade nacional e, como parte do acordo, esperava-se que Ramaphosa fosse reeleito com o apoio da AD, de acordo com reportagens da mídia local.
Nas eleições gerais de 29 de maio, o CNA garantiu 159 dos 400 assentos na Assembleia Nacional, ficando, pela primeira vez desde a eleição de Nelson Mandela em 1994, abaixo dos 50% necessários para manter a maioria absoluta de 30 anos na câmara baixa do parlamento.
Mais cedo, Thoko Didiza, ministra da Agricultura da África do Sul, foi eleita presidente da nova Assembleia Nacional. Raymond Zondo anunciou que Didiza venceu as eleições, derrotando a sua única rival, Veronica Mente, dos Combatentes pela Liberdade Econômica, por 284 votos contra 49 votos dos membros do Partido Nacional, em votação secreta.
Didiza, membro do Congresso Nacional Africano (CNA), é atualmente ministra da Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural da África do Sul. Pouco depois do anúncio do resultado, Didiza, no seu primeiro discurso como oradora, agradeceu a todas as pessoas que participaram no processo eleitoral, bem como ao seu partido.
“O papel do presidente da Câmara é garantir que conduzimos os debates neste parlamento dentro das regras e de uma forma justa, e comprometo-me a trabalhar com a equipe do gabinete do presidente”, disse Didiza. “Também me comprometo a trabalhar com todos os partidos, liderados pelos seus líderes e pelos seus representantes, para garantir que conduzimos os negócios deste parlamento de uma forma que de fato reflete a vontade do povo da África do Sul.”
Agência Xinhua