Riscos fiscais são os mais preocupantes dos próximos três anos

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Banco Central (Foto: ABr/arquivo)
Banco Central (Foto: ABr/arquivo)

Os riscos fiscais são os mais temidos para os próximos três anos, mostra a Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) realizada pelo Banco Central. Divulgada nesta quinta-feira, a pesquisa também revelou que há preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e o arcabouço fiscal e seus impactos nos preços de ativos e na política monetária.

A pesquisa – realizada de 21/10 a 8/11/2024 – ouviu as instituições bancárias, instituições de pagamento, cooperativas centrais de crédito (reguladas pelo BCB), gestoras de ativos (reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM), entidades fechadas de previdência complementar (reguladas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc) e seguradoras (reguladas pela Superintendência de Seguros Privados – Susep).

De acordo com o BC, os riscos do cenário internacional ganharam maior relevância, aumentando as preocupações associadas às eleições nos Estados Unidos e persistindo preocupações com escalada dos conflitos geopolíticos, crescimento da economia chinesa e política monetária e atividade econômica nos Estados Unidos.

A pesquisa destaca riscos de inadimplência, com aumento da probabilidade de sua ocorrência. Reflete preocupações com alavancagem e inadimplência de famílias e empresas e impactos do aperto monetário.

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Segundo o BC, a PEF tem por objetivo captar a percepção das instituições financeiras sobre a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN) em várias dimensões, incluindo riscos prospectivos, confiança na estabilidade e avaliação sobre os ciclos econômico e financeiro. Desde o final de 2022, a sondagem passou a incorporar, além das instituições reguladas pelo BC, as reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O relatório da PEF é divulgado na semana seguinte à reunião trimestral do Comef, enquanto análises complementares são publicadas semestralmente no Relatório de Estabilidade Financeira (REF).

“Ao captar a percepção das instituições sobre os principais riscos nos próximos três anos, a PEF permite que os supervisores e os formuladores da regulação prudencial possam se antecipar a eventos futuros”, diz a autoridade monetária.

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