Mesmo com o anúncio feito, nesta quarta-feira, pelo presidente Jair Bolsonaro, de reajuste de apenas 5,26% para 2021, o salário mínimo continuará sendo o segundo menor da América Latina.
A assinatura de medida provisória (MP) elevará o salário mínimo de R$ 1.045 para R$ 1.100, com vigência a partir de 1º de janeiro. “O valor de R$ 1.100,00 se refere ao salário mínimo nacional. O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões”, afirmou o presidente.
O pagamento brasileiro só supera o da Venezuela.
O ranking dos países com maior salário mínimo é liderado pelo Chile (US$ 457), Uruguai (US$ 424) e Equador (US$ 400). Vêm em seguida Paraguai, com US$ 320, Bolívia, com US$ 306, e Panamá, com US$ 268. O mínimo no Chile, porém, não é universal. aposentados e trabalhadores de primeiro emprego podem receber cerca de 50% menos. Valor do salário do Brasil passa a ser de US$ 212,36.
Em meados de dezembro, o Congresso havia aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021, fixando o salário-mínimo em R$ 1.088. Na proposta aprovada pelos parlamentares, não houve aumento real no salário, tendo sido feita apenas a correção com base na previsão da inflação acumulada no ano, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).