Estudo do Instituto Mapa em parceria com a Neokemp, em todo o território nacional levantou o posicionamento ideológico dos eleitores e os atributos considerados essenciais para a tomada de decisão do voto nas eleições de 2022.
“A pesquisa foi proporcional ao peso populacional por região e Estados, com cotas representativas de gênero, faixa etária e escolaridade, tendo como fontes para tais cotas o TSE 2020 e o Censo IBGE 2010”, afirma José Nazareno Vieira, presidente do Instituto Mapa. Realizada entre os dias 9 a 12 de agosto, a pesquisa abrangeu entrevistados nas seguintes proporções: 43% no Sudeste, 27% no Nordeste, 15% no Sul, 8% no Centro-Oeste e 7% no Norte.
De acordo com o estudo, o índice de comparecimento às urnas nas eleições para presidente e demais cargos deverá ser alto: quase nove em cada 10 (87%) dos entrevistados declararam que pretendem votar. Apenas 1% declarou que não tem intenção de votar. O perfil do candidato e o plano de governo são os dois fatores que irão pesar mais na decisão de voto: cada um destes itens foi apontado como o mais importante por 30% dos eleitores. O histórico do candidato é o item mais relevante para um quarto dos eleitores (25%), mas o partido do candidato, para apenas 6%, enquanto 9% não souberam opinar a respeito.
Já a experiência do candidato será fator decisivo de voto. A opção pela experiência administrativa foi de 25% dos eleitores, enquanto a experiência política, para outros 24%. “Só aí, já temos praticamente metade do eleitorado. Mas, a postura do candidato não fica muito atrás, já que 21% avaliam a característica como mais importante dentre todos os itens” pontua Vieira.
Ser um candidato “ficha limpa” e competente são duas condutas pessoais que mais poderão impactar na decisão de voto: 30% escolhem a “ficha limpa” e 28%, a competência. Entre os demais itens, situam-se: popularidade (13%), liderança (12%) e inteligência (9%). Porém, 8% não sabem dizer ainda qual fator de conduta poderá influenciar mais.
Outros pontos elencados foram a ideologia do candidato, valorizada por 17% dos entrevistados; a religião, para 5%; e 9% não souberam apontar qual característica seria a mais importante em seu futuro candidato. “Sabe-se que o lado pessoal do candidato é fator de expressiva importância na decisão do voto pelo eleitor”, reforça.
Economia, saúde e corrupção se destacaram como urgência de mudanças: opção de 23%, 20% e 20% dos eleitores, respectivamente, representando um empate estatístico entre as três áreas. Na sequência, os resultados foram: educação (12%), desemprego (9%), segurança jurídica e da democracia no país (7%) e segurança pública (2%).
A tendência para um posicionamento político ideológico, segundo declaração dos eleitores, está, neste momento, mais para a direita do que para a esquerda, não obstante a hipótese de que grande parcela dos eleitores não tenha conhecimento suficiente sobre os conceitos “de direita” e “de esquerda”.
Instados a responder sobre sua intenção de votarem em candidato de um ou outro posicionamento, 30% declararam que tendem a votar num candidato com posição ideológica mais de direita, 21% mais de esquerda e 6% de centro. Porém, 28% não consideram a posição do candidato e 15% não souberam se colocar a respeito neste momento.
Acompanhar o noticiário político tem sido, atualmente, um hábito relativamente frequente: quase metade dos eleitores (45%) declararam que o acompanham diariamente e cerca de um terço (34%), alguns dias por semana. Os demais, com menos frequência.
As redes sociais e a televisão foram apontadas como os meios que mais influenciam o eleitor para decidir seu voto à Presidência da República: 30% citam as redes sociais e 28%, a televisão. Os demais veículos são menos acessados: jornal (11%), sites de notícias (10%), rádio (5%) e sites de partidos e de candidatos (2%). Inclui-se também conversas com parentes e amigos (3%). Já 11% não souberam dizer qual meio de comunicação influencia mais.
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