Redução na gasolina não chega aos postos do Sudeste

Preço dos principais combustíveis caíram na região, mas a gasolina caiu menos que o esperado: combustível teve preço médio de R$ 6,39 na primeira quinzena de junho

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Bomba em posto de combustível
Bomba em posto de combustível (foto de José Cruz, ABr)

Dados da última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) apontaram que, na primeira quinzena de junho, o Sudeste continuou a registrar queda no preço médio de todos os tipos de combustíveis, na comparação com o mesmo período do mês anterior. O etanol, comercializado a R$ 4,27, apresentou uma queda de 1,61% em seu preço. Enquanto isso, a gasolina foi vendida à média de R$ 6,23, após recuo de 0,80%. Já o diesel comum apresentou média de R$ 6,10, e o tipo S-10 foi encontrado a R$ 6,17, números que representam quedas de 1,77% e 1,91%, respectivamente. Os preços registrados para o etanol e para a gasolina na região foram os mais baixos do Brasil.

“O cenário de queda nos preços no Sudeste na primeira quinzena de junho está alinhado à tendência nacional, mas é interessante observar a dinâmica específica de cada combustível. A baixa contínua no preço do diesel é, em grande parte, um efeito posterior dos reajustes promovidos pela Petrobras em maio, que a cadeia de distribuição continuou a repassar. Já a queda da gasolina reflete o repasse mais direto de um reajuste no preço do próprio combustível, vindo também da estatal, no começo do mês. Mesmo com a queda da gasolina, o preço na bomba não caiu o esperado. Diante desse cenário, enquanto o etanol foi recomendado para abastecimento em Minas Gerais e em São Paulo, a gasolina é a opção mais barata no Rio de Janeiro e no Espírito Santo”, destaca Renato Mascarenhas, diretor de Redes, Operações e Transformação de Negócios na Edenred Mobilidade.

Ainda segundo o IPTL, na primeira quinzena de junho, o preço médio da gasolina nos postos caiu R$ 0,04, em relação à primeira quinzena de maio, passando de R$ 6,43 para R$ 6,39, uma variação de -0,62%. O recuo reflete o reajuste de -5,6% anunciado pela Petrobras no início de junho, o equivalente a R$ 0,17 nas refinarias. No entanto, a queda nas bombas foi bem menor, indicando que o repasse ao consumidor final ainda é parcial.

O etanol também recuou no mesmo período, chegando ao preço médio de R$ 4,41 e registrando queda de 1,12% em relação à primeira quinzena de maio.

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“A redução no preço da gasolina nas refinarias nem sempre é repassada de forma imediata ou integral ao consumidor final. Isso costuma ocorrer por diversos fatores, como dinâmicas regionais de distribuição e margens praticadas pelos postos. Ainda assim, já é possível perceber um movimento de recuo nos preços, ainda que tímido, puxado pelo reajuste da Petrobras”, comenta Renato Mascarenhas.

Nas análises regionais do mesmo período, o IPTL registrou que a maioria das regiões acompanhou a tendência nacional de leve queda. O etanol apresentou a maior queda entre regiões no Sudeste, de 1,61%, com preço médio de R$ 4,27, o menor entre todas as regiões. Já a gasolina teve o maior recuo registrado no Sul, de 1,09% (R$ 6,36), e a média mais barata no Sudeste, de R$ 6,23.

As médias mais caras seguiram sendo registradas no Norte, de R$ 5,21 para o etanol e de R$ 6,86 para a gasolina. O Nordeste foi a única região onde os combustíveis não ficaram mais baratos: alta de 1,01% para o etanol (R$ 5,01) e estabilidade para a gasolina (R$ 6,49).

Considerando as médias por estados, a maior alta para a gasolina foi verificada em Pernambuco, onde o combustível chegou a R$ 6,55 após aumento de 2,18%. Já o estado com maior redução no preço médio da gasolina foi o Rio Grande do Norte, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,25, após queda de 3,70%.

A gasolina com o preço médio mais em conta para o bolso do consumidor nesta primeira quinzena de maio foi a de São Paulo, com preço médio de R$ 6,18, após o estado registrar queda de 0,80%. A gasolina com o maior preço médio do país foi registrada, novamente, no Acre: de R$ 7,57, mesmo após queda de 0,53%.

Para o etanol, a maior alta do país foi a de Alagoas, de 1,50%, alcançando o preço médio de R$ 5,40. Já a maior redução do biocombustível foi registrada no Rio Grande do Norte, de 3,45%, que fez com que o preço médio no estado recuasse a R$ 5,04.

O etanol mais caro do país na primeira quinzena de junho foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,48, o mesmo registrado na primeira quinzena de maio. São Paulo foi o estado com o etanol mais barato: R$ 4,14, após registrar queda de 1,66%, de acordo com o IPTL.

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