Reforma trabalhista contribuiu com menos de 1% dos empregos de janeiro

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Carteira de trabalho (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Carteira de trabalho (foto de Marcello Casal Jr., ABr)

O desempenho do mercado formal de trabalho surpreendeu em janeiro, com um saldo de 260.353 empregos com carteira, segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo é o melhor da série histórica para o mês e é resultado de 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos.

O estoque de empregos formais no país chegou a 39.623.321 vínculos, superando o anterior à pandemia (39.593.835), mas ainda é 1,5 milhão inferior ao de janeiro de 2015, o mais alta registrado para o mês.

A modalidade de trabalho intermitente, criada na Reforma Trabalhista do Governo Temer, teve saldo de apenas 3.083 empregos. Outro vínculo novo, o de trabalho parcial, eliminou 610 empregos. Assim, o saldo da reforma é de apenas 2.473 postos de trabalho, menos de 1% dos empregos criados em janeiro.

O Ministério da Economia apontou que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda ajudou a evitar demissões. Até 31 de dezembroforam feitos 20.119.858 de acordos entre 9.849.116 empregados e 1.464.683 empregadores no país. Em dezembro foram feitos pouco mais de 260 mil acordos, o que ajuda a evitar demissões, já que o programa tem como contrapartida estabilidade.

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O salário médio de admissão em janeiro foi de R$ 1.760,14. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 20,06 no salário médio de admissão. Comparado a janeiro de 2020 (R$ 1.831,89), ocorreu uma queda de R$ 71,75. O Ministério não revelou o salário médio dos demitidos.

Apenas três dos 27 estados não registraram saldos positivos: Alagoas (menos 198 empregos), Paraíba (menos 174) e Rio de Janeiro, com saldo negativo de 44 empregos.

Estudo feito pelo Dieese revela que o Brasil perdeu 4,4 milhões de empregos em decorrência das conequências econômicas da Operação Lava Jato. O país perdeu R$ 172,2 bilhões em investimento no período de 2014 a 2017.

Com os impactos negativos da redução de investimentos e do emprego, a massa salarial foi reduzida em cerca de R$ 85 bilhões.

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