Reino Unido estuda taxação sobre grandes fortunas

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London School. Foto: divulgação
London School. Foto: divulgação

Especialistas em impostos e economistas reunidos pela London School of Economics e Warwick University examinam a criação de um imposto sobre grandes fortunas no Reino Unido. A Wealth Tax Commission propõe um pagamento único para ajustar as contas públicas, minadas pelo combate à Covid-19.

A arrecadação poderia alcançar £ 260 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhão) em cinco anos se o limite fosse estabelecido em £ 1 milhão (quase R$ 7 milhões) por família, com um imposto de 1% a pagar sobre o valor de seus ativos acima desse nível. Isso seria equivalente a aumentar o IVA sobre bens e serviços em 6 pontos percentuais, ou adicionar 9 pontos à taxa básica do Imposto de Renda para o mesmo período.

O imposto se aplicaria à riqueza total de uma pessoa. Se o limite for de £ 1 milhão, seria atingida 6% da população adulta; se for de £ 2 milhões por pessoa, apenas o 1% mais rico da população pagaria.

Na semana passada, o Senado argentino aprovou uma taxação única sobre grandes fortunas para enfrentar os efeitos da pandemia. O projeto já havia sido aprovado na Câmara. Serão afetadas pessoas com fortunas superiores a 200 milhões de pesos (cerca de R$ 12,6 milhões).

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A alíquota vai de 1% a 3% para os bens que estão na Argentina e de 2% a 5% para os que se encontram no exterior. Estimativas do Congresso apontam para uma arrecadação de 420 bilhões de pesos (cerca de R$ 26,5 bilhões), equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Seriam afetados entre 11 mil e 12 mil contribuintes, 0,02% da população.

Impostos únicos já foram usados após grandes crises, incluindo na França, Alemanha e Japão após a Segunda Guerra Mundial e na Irlanda após a crise financeira de 2008.

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