Enquanto alguns relacionamentos contribuem significativamente para o seu progresso e sucesso, outros podem ter um impacto negativo profundo, levando a consequências adversas consideráveis, inclusive financeiras. De acordo com o levantamento produzido pelo Instituto Opinion Box, 32% dos entrevistados já se endividaram, em algum momento da vida, por conta de um parceiro, e 25% revelam que já precisaram tomar crédito motivado pela pessoa amada.
Segundo a psicóloga clínica e jurídica Andreia Calçada, em geral, há mulheres com algum tipo de dependência emocional dessa relação e desse homem, o que está relacionado à baixa autoestima. “São mulheres que acabam se mantendo em um relacionamento muitas vezes abusivo sem perceber. Muitas não sabem, mas essa situação pode ser caracterizada como abuso patrimonial. Elas se endividam, não conseguem pagar e acabam ficando com o ônus e o nome sujo. Quando finalmente quitam a dívida, continuam no mesmo padrão, pois não conseguem mudar”, explica Andreia.
Para a profissional, tudo depende de como esse tipo de relação se desenvolve. “É uma relação de dependência e codependência, uma maneira de tentar mantê-la. É algo disfuncional e abusivo, sim. Esse tipo de relacionamento geralmente acontece por causa da falta de uma base familiar ou de um suporte familiar. Não importa se a mulher tem dinheiro ou não. Se ela tem uma estrutura emocional forte e boa autoestima, isso não vai acontecer”, comenta Andreia.
“É por esses motivos que temos visto com frequência muitas delas adotarem o estilo de vida Sugar e priorizarem conexões com homens bem-sucedidos e experientes, os Sugar Daddies, que estão dispostos a oferecer o melhor da vida. Essas mulheres estão cansadas de ter que dividir a conta, se privar do básico para si mesmas e lidar com parceiros imaturos que não as valorizam”, comenta Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do Meu Patrocínio.
A pesquisa revela que:
• 25% das mulheres precisaram recorrer a empréstimos por causa de seus parceiros
• 20% tentaram conquistar alguém dando presentes que estavam fora do orçamento
• 15% compraram agrados para o parceiro, mas seus relacionamentos terminaram antes da entrega dos respectivos presentes
Marisa Rossignoli, conselheira do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), destaca que há um percentual muito grande de mulheres endividadas por conta do relacionamento. “Pode ser um relacionamento que continua existindo ou muitas vezes é no fim do relacionamento, mesmo que ainda não bastasse as questões emocionais, ainda vem as questões financeiras”, diz.
Ela reforça a importância de se manter uma autonomia financeira ao mesmo tempo que se dialogue sobre os gastos. “Às vezes o casal tem um nível de renda diferente, e é importante também ter isso aberto, ter isso transparente, ver com o que cada um pode contribuir e realmente qual o padrão de vida que pode se ter dentro daquela renda”, explica Rossignoli.
“Claro que a gente não pode esquecer que esse endividamento pode ter sido por questões de subsistência, questões básicas, mas quando a gente pega esse percentual tão elevado, o que a gente entende é que de fato houve um descontrole nos gastos, e que isso precisa ser evitado sendo antes e tendo realmente um padrão de acordo com a renda. Pode ser que um dos dois aí, no caso do relacionamento, que um dos dois tenha um comportamento diferente no que se relaciona a gastos, a gastos de curto prazo comparativamente inclusive a uma poupança, um investimento”, considera a conselheira do Corecon-SP.
Por Gilmara Santos, especial para o Monitor
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