Candidato da situação à Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos envia sua propaganda a jornais brasileiros em… inglês. Menos do que mostrar desconhecimento sobre a língua aqui falada, mas próxima do espanhol do que supõe Santos, a escolha do idioma parece mostrar um pouco da ideologia do candidato de Alvaro Uribe, presidente sempre pronto a servir aos interesses dos Estados Unidos. O título de um dos textos distribuídos pela campanha revela também outra referência do candidato colombiano: “Stock market shows confidence in Santos” victory” (“Mercado mostra confiança na vitória de Santos”).
Custo São Paulo
A cada 40 dias um novo posto de pedágio surge nas rodovias de São Paulo. Esta é a rotina desde que o programa de concessões foi implementado, em 1998. Atualmente são 111 praças de pedágio nas estradas que cortam o estado.
Cartório digital
A Receita foi obrigada a adiar a obrigação de uso de certificação digital pelas empresas brasileiras. A exigência não simplifica a vida de contadores e departamentos fiscais das companhias; apenas ajuda o Leão. De quebra, cria um cartório de certificadoras de uns R$ 135 milhões – são 1,8 milhão de empresas obrigadas (apenas as optantes pelo Simples ficam de fora) a uma base de R$ 75 anuais por cabeça.
Túnel
A construção de um túnel extravasor será proposta pelo Clube de Engenharia ao governador e ao prefeito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, para reduzir as enchentes na Capital. Elaborado pela antiga Sursan, no princípio da década de 70, o projeto prevê transferir para despejo final em mar aberto, no costão do Vidigal, as águas excedentes que transbordam das calhas dos rios Joana, Maracanã, Trapicheiros, Macacos, Rainha I e Rainha II, sem passar pelas regiões da Praça da Bandeira, Jardim Botânico, Lagoa Rodrigo de Freitas e adjacências. A obra também desviará para o mar as águas que contribuem para o Canal do Mangue e o Cais do Porto, independentemente das marés.
A proposta será feita no seminário “Chuvas de Abril: lições e soluções”, que o Clube realiza nesta próxima segunda, de 14h30 às 19h (Av. Rio Branco, 124), com a presença do ministro das Cidades, Márcio Fortes, além do governador e do prefeito.
Fechem as narinas
Pelo mesmo raciocínio dedutivo canhestro a que recorreu para concluir que o Governo da Bolívia faria, no mínimo, vista grossa para a entrada de cocaína no Brasil, o pré-candidato do PSDB, José Serra, deve deduzir que o Governo dos Estados Unidos, país que abriga os maiores consumidores dessa droga no mundo, deveria aconselhar seus cidadãos a fecharem as narinas.
Bernadovski
O Governo da Rússia espera um crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3,5% e 4,2% no biênio 2011-2012. Algo parecido com o trajeto do Brasil, se depender dos tecnocratas instalados nos ministérios da Fazenda e do Planejamento. No ano passado, devido à crise mundial e, em particular, à redução dos preços do petróleo, principal produto de exportação do país, o PIB da Rússia caiu 7,9%, a maior queda desde 1994, quando se contraíra 15%.
Meirellovski
A Rússia cortou a taxa de juro pela 13ª vez, para 8% O Banco Central russo reduziu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual, mas alertou sobre uma possível aceleração das pressões inflacionárias no segundo semestre, em um sinal de que o ciclo de redução pode estar perto do fim.
Senzala fluminense
O Rio de Janeiro ostenta a triste situação de estado com maior número de trabalhadores em condições análogas à da escravidão resgatados em 2009 pelo Ministério do Trabalho: 521, segundo o coordenador de Erradicação do Trabalho Escravo, procurador do Trabalho, Sebastião Caixeta. O total salta para 671, se incluídos 150 trabalhadores beneficiados por ação específica do Ministério Público do Trabalho no Rio não incluídos nos números do Ministério do Trabalho: “O plantio de cana, matéria-prima para a produção de açúcar e álcool, respondeu por todas as situações de trabalho análogo ao de escravo no Rio”, destaca o MST, acrescentando que, embora um dos mais urbanizados do país, o Estado do Rio de Janeiro apresenta graves problemas agrários, como alta concentração da propriedade rural, subutilização de terras, intenso êxodo rural, graves conflitos pela posse da terra e utilização de trabalho escravo na agricultura.