Nesta sexta-feira, às 7h45, o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o contribuinte terá atingido a marca de R$ 100 bilhões em impostos e tributos pagos no ano, conforme dados do Instituto brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). No ano passado, este mesmo valor foi alcançado à 1h da madrugada do dia 5 de fevereiro, e, em 2007, às 8h35 da manhã de 10 de fevereiro. Em 31 de janeiro de 2008, a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais somava R$ 95.396.529.939,46.
Por que os juros são indecentes?
Ao menos em pronunciamentos públicos, o presidente Lula tem revelado espanto pela diferença abissal entre o valor da taxa básica de juros (Selic) e as taxas cobradas pelo sistema financeiro do país. Noves fora o argumento canhestro dos bancos que preferem citar os valores médios, como se esses não fossem desinflados por taxas anunciadas, mas somente oferecidas a clientes muito especiais, os juros obscenos praticados no Brasil devem-se ao fato de a Selic ser quase três vezes superior à inflação; à frouxidão do governo em relação à sobra de caixa dos bancos; e à decisão que equiparar a missão das instituições públicas à das privadas.
Se a Selic caísse para valores civilizados, o primeiro movimento dos bancos, com dinheiro com baixa remuneração queimando em suas mãos, seria buscar ampliar os empréstimos ao público, em vez de entesourá-los. Aí, caberia ao governo determinar que os bancos públicos baixassem suas taxas para patamares compatíveis com um país que tem inflação de um dígito, sem que para merecê-las os tomadores sejam obrigados a adquirir produtos que não lhes interessam, mas são apresentados como pré-requisitos indispensáveis por gerentes em busca do cumprimento de metas que lhes são impostas. Estaria criada, assim, uma concorrência efetiva num mercado hoje altamente monopolizado.
O passo final seria o governo obrigar o principal sindicato dos bancos, não a Febraban, mas o Banco Central, a decretar depósitos compulsórios suficientemente persuasivos sobre as sobras de caixas bancárias que não sejam destinadas a empréstimos ao público. Claro, que, para esse retorno à função original do sistema financeiro, ajudaria muito ter governantes que não tenham na banca seus principais financiadores.
Praça do Commércio
Nesta quinta-feira, a Associação Comercial do Rio de Janeiro dá início aos preparativos para a comemoração dos 200 anos da edição do alvará concedido por D. João VI, que autorizou a construção da Praça de Commércio, origem da ACRJ. Será instalada a Comissão dos 200 Anos, que terá como presidente de honra Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco e grande benemérito da ACRJ.
No documento, datado de 15 de julho de 1809, o Príncipe Regente D. João VI autoriza “a construção de uma Praça de Commércio, onde se ajuntem os comerciantes a tratar das suas transações e empresas mercantis”.
Segundo a ACRJ, na entidade nasceram algumas das mais importantes instituições do cenário nacional, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae).
Fator PCC
Segundo a Secretaria estadual de Segurança Pública de São Paulo, no terceiro trimestre de 2008, foram registrados cerca de 270 mil crimes contra o patrimônio no estado. Como regiões como Jardins e Morumbi encabeçam a lista de roubos e arrastões a condomínios em São Paulo, o aumento do sentimento de insegurança em São Paulo torna cada vez mais lucrativo o ramo de segurança residencial. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese), 30% da população de São Paulo vivem em condomínios, dos quais a metade conta com algum tipo de sistema de proteção eletrônica. Apenas no primeiro semestre de 2008, a demanda dos condomínios por sistemas de segurança aumentou 25%.
Porta de entrada
Segundo a Instalarme, as invasões e assaltos à mão armada acontecem, geralmente, pela ausência de análise de riscos e um plano de segurança por parte dos condomínios, e aponta a portaria como o ponto fraco do sistema, o que permite que bandidos disfarçados de prestadores de serviços consigam acesso a residências. Especializada em monitoramento 24 horas e segurança eletrônica, a empresa aponta a necessidade de quatro pontos vitais para evitar a ação dos bandidos: segurança física na equipe de portaria, tecnologia, procedimentos de segurança e pronta-resposta. Mas salienta que esses mecanismos precisam ser articulados com um rigoroso treinamento e envolvimento dos moradores.