Renda emergencial chega a representar 27% do PIB de algumas cidades

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A renda emergencial de R$ 600 aprovada pelo Congresso Nacional foi responsável por manter a economia ativa durante a pandemia em municípios de menor renda e Produto Interno Bruto (PIB) e alta vulnerabilidade. O impacto sobre o PIB estadual chega a ser mais de 5% e, em nível de município, tem alguns em que chega a 27%”, explicou o professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Ecio Costa.

O professor, um dos autores do estudo, confirma que as regiões Norte e Nordeste tiveram maior impacto com o recebimento do auxílio. Apesar de o Estado de São Paulo ser o maior destino dos recursos, em termos absolutos, quando comparado com o tamanho da sua economia e o impacto sobre o PIB, sua posição é de 25º.

O estado mais beneficiado é o Maranhão, com algo em torno de 5% do seu PIB. “Os municípios das regiões Sul e Sudeste são os menos impactados relativamente analisando, ou seja, como percentual do PIB”, apontou Costa à Agência Brasil.

A política vai diretamente na família dos municípios mais pobres das regiões mais pobres do Brasil e traz um impacto significativo para esses municípios, justamente pela forma como está sendo conduzida: não há intermediários, é uma transferência de recursos direta para essas pessoas que mais precisam, quer sejam cadastrados no Bolsa Família, Cadastro Único e também os informais. Então, traz realmente um impacto significativo tanto nas famílias mais pobres, como nos municípios que mais necessitam”, analisou.

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O Governo Federal havia proposto pagamento emergencial de apenas três parcelas de R$ 200 cada. A pressão no Congresso levou o valor a R$ 600 e estendeu o pagamento por quatro meses. Diante da continuidade da crise econômica – e de olho nas eleições – o Governo Bolsonaro aceitou mais dois pagamentos, totalizando seis parcelas.

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