A discussão de um programa de renda mínima estará na pauta da Câmara este ano. A bancada do Psol apresentou projeto (PL 3934/20) que cria um sistema permanente para famílias que ganham até meio salário mínimo por pessoa. Para o deputado Marcelo Freixo (RJ), vice-líder do partido, o benefício é fundamental para que as desigualdades sociais não aumentem ainda mais.
“Foram os pobres que não conseguiram o direito ao isolamento, que não tiveram acesso a máscaras, que não puderam lavar as mãos porque não têm saúde básica, água potável e moradia”, afirmou à Agência Câmara. “No Brasil, a desigualdade mata. Por isso que uma política de renda em tempos de pandemia é mais urgente ainda.”
Não são apenas os integrantes dos partidos progressistas que apoiam o debate. Autor da proposta (PL 6072/19) que deu origem ao auxílio emergencial e relator de uma comissão que discutia antes da pandemia a reformulação dos programas sociais existentes, o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) defende uma prorrogação do auxílio por mais dez meses em 2021.
“Ao findar esses dez meses, aqueles que já estavam nas condições impostas pelo Bolsa Família, que leva em conta o corte de renda per capita, migrariam para esse programa. Dessa forma, teríamos aí um aumento de 7 milhões de pessoas que poderiam ser beneficiadas a distribuição de renda.”
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