Renova Energia pretende vender ativos

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Sede da Cemig, Belo Horizonte. Foto: Paulo JC Nogueira
Sede da Cemig, Belo Horizonte. Foto: Paulo JC Nogueira

O objetivo da Renova Energia, empresa de geração que tem a estatal Cemig como principal acionista, é de se desfazer de alguns ativos e de tentar resolver sua dívida bilionária. A companhia protocolou novos planos de recuperação judicial que preveem leilões de ativos para levantar recursos, segundo documentos divulgados junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira.  A KPMG é a administradora judicial da companhia.

Em outubro, a dívida da empresa ultrapassava R$ 3 bilhões. Isso antes de pedir proteção contra credores no mesmo mês. Agora, a empresa propõe quitar créditos com garantia real em 11 anos, com 24 meses de carência e quitação do principal em 18 parcelas semestrais.

A Renova apresentou prejuízo líquido de R$ 27,3 milhões em agosto, resultado melhor que os dos meses anteriores. Em junho e julho, as perdas foram de R$ 61,2 milhões e R$ 65,6 milhões, respectivamente. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a Renova soma um prejuízo líquido de R$ 154,2 milhões.

Conforme a Reuters, se a companhia conseguir vender seu parque eólico Alto Sertão III – Fase A, haverá vencimento antecipado desses créditos com garantia real, com uso do valor levantado para liquidação dos compromissos com os credores.

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Credores quirografários devem ser pagos em 14 anos, também com carência de principal por 24 meses e parcelas semestrais, segundo o plano.

O parque eólico Alto Sertão III-Fase A, na Bahia, teve obras paralisadas pela Renova com cerca de 90% de avanço físico devido á falta de recursos. A empresa tem uma dívida bilionária com o BNDES relacionada a um empréstimo-ponte para o empreendimento.

VENDAS

De acordo com o plano da Renova, o Alto Sertão III – Fase A, principal ativo da companhia, poderá ser vendido em processo competitivo, por preço mínimo indicado em laudo de avaliação ainda a ser elaborado.

Já a fatia de 51% da empresa na Brasil PCH também deverá ser alvo de leilão, em até 7 meses da homologação judicial do plano ou até 60 dias após o recebimento de uma oferta firme e vinculante pelo ativo. O valor mínimo estabelecido é de R$ 1 bilhão, mas a operação poderá ser fechada abaixo disso se houver aval dos credores.

A participação da Renova na Enerbrás terá valor mínimo de R$ 211 milhões. E no parque eólico Alto Sertão III – Fase B, terá valor mínimo R$ 50 milhões.

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