Representante chinês pede coordenação e estabilidade sobre alimentação

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Zhang Jun (frente), representante permanente da China na Organização das Nações Unidas, discursa numa mesa redonda de alto nível sobre estados pequenos, multilateralismo e direto internacional, na sede da ONU na Nova York, 28 de abril de 2022. (Xinhua/Xie E)

Zhang Jun (frente), representante permanente da China na Organização das Nações Unidas, discursa numa mesa redonda de alto nível sobre estados pequenos, multilateralismo e direto internacional, na sede da ONU na Nova York, 28 de abril de 2022. (Xinhua/Xie E)

Xinhua - Silk Road

Organização das Nações Unidas, 23 mai (Xinhua) — Um representante chinês pediu na quinta-feira para que a comunidade internacional trabalhe em conjunto, no objetivo de estabilizar o mercado global de alimentos, garantir suprimentos diversos de alimentos e facilitar globalmente o comércio agrícola.

“Primeiramente, precisamos fortalecer a coordenação e estabilizar o mercado global de alimentos”, disse o representante permanente da China nas Nações Unidas, Zhang Jun, na reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre conflitos e segurança alimentar.

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“Para preencher a falta de oferta, a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para buscar suprimentos alimentares diversificados e manter um funcionamento fluído do comércio internacional agrícola”, disse ele, acrescentando que “é importante trazer de volta ao mercado internacional produtos agrícolas e fertilizantes da Ucrânia, Rússia e Bielorrússia. Agradar-nos-íamos os esforços pelo secretário-geral da ONU para este fim.”

Observando que, na era globalizada, uma qualquer pequena interrupção na cadeia de suprimentos é rapidamente transmitida, gerando um efeito cascata, Zhang disse que “armar a interdependência econômica só criará dificuldades artificiais e amplificará os riscos locais”.

“Pedimos a remoção rápida das restrições à produção e exportação de alimentos impostas por sanções unilaterais, de modo a permitir um fluxo constante de produção e fornecimento de alimentos”, disse ele.

Em relação sobre a assistência de emergência, Zhang disse que, uma vez que a situação de insegurança alimentar piora, a comunidade internacional, em particular os países desenvolvidos, devem aumentar fornecimento de alimentos e assistências de emergência, como também fornecendo ajuda oportuna e direcionada a grupos vulneráveis, como mulheres e crianças.

“É importante que as agências internacionais de ajuda humanitária garantam o acesso humanitário”, ele observou.

Sobre a reestruturação e reforma do sistema alimentar global, Zhang disse que “precisamos promover uma transformação profunda e aumentar a resiliência do sistema alimentar global”.

“Como muitas crises alimentares que enfrentamos desde o século 20, a crise atual mais uma vez traz à tona os problemas estruturais do sistema alimentar global. O padrão mundial de oferta e demanda de alimentos é caracterizado pela produção de alimentos altamente concentrada em poucos países, enquanto países consumidores estão geograficamente bem dispersos. Isso torna o equilíbrio entre oferta e demanda de alimentos altamente vulnerável a condições climáticas extremas, pandemias, conflitos armados e outros fatores emergenciais e imprevistos.”

Zhang disse que, para fortalecer a resiliência do sistema alimentar global, a fim de resistir aos riscos, é importante ajudar os países em desenvolvimento a aumentarem as suas capacidades de autossustentação, impulsionar a produção agrícola e rural, acelerar o progresso da ciência e tecnologia agrícola, melhorar a infraestrutura agrícola e expandir a disponibilidade de alimentos.

Photo taken on April 20, 2022 shows traditional Maltese bread at a bakery in Sliema, Malta. (Photo by Jonathan Borg/Xinhua)

“As três agências agrícolas da ONU e as instituições financeiras internacionais devem alavancar os seus respectivos pontos fortes e desempenhar um papel ativo na análise da situação, no aconselhamento de políticas e na coordenação de assistência, fornecendo mais apoio aos países em desenvolvimento”, disse ele.

Zhang pediu aos países desenvolvidos para que reduzam as barreiras comerciais e técnicas, deem mais assistência aos países em desenvolvimento em termos de financiamento, tecnologia, acesso a mercados e capacitação, desempenhando assim o seu devido papel na construção de um sistema de suprimento global alimentar eficiente, aberto e justo.

Tratando-se sobre a China, Zhang disse que a China sempre fez do fornecimento de alimentos à sua população uma prioridade máxima na sua governança nacional.

“Com 9% das terras aráveis ​​do mundo, alimentamos quase um quinto da população global total. Eliminamos a pobreza absoluta que atormenta o país por milhares de anos”, observou ele.

Referindo-se à frente política, Zhang disse que o mundo hoje enfrenta múltiplas crises e não há crise maior do que a prevalência da hegemonia e da política de poder, o que apresenta sérios desafios à equidade e à justiça internacional.

“Num momento cheio de riscos e crises, iniciar uma nova Guerra Fria, provocar o confronto de blocos e buscar a dissociação no domínio econômico e tecnológico não resolverá nenhum problema. Ao contrário, isso só traria mais problemas para o mundo”, ele disse. “O que o mundo mais precisa é de um verdadeiro multilateralismo, consistente, exemplar e responsável ​​pelos países grandes, e também uma cooperação global igualitária e inclusiva, onde trabalhamos juntos e compartilhamos juntos. Fim

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